quinta-feira, 19 de julho de 2012

Reflexão - Nossa triste realidade por Maísa Silva:


Quando abrimos as páginas de notícias na internet ou ligamos a televisão, já é até previsível quais são as principais notícias: homicídios, roubos, homicídios, sequestros, homicídios, corrupção e mais homicídios. Não foi falta de atenção à repetição da palavra homicídio, realmente a coisa está muito séria.
Segundo dados do “Mapa da violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil”, pesquisa que será lançada hoje (18/07/2012), os casos de homicídios de jovens de até 19 anos em nosso país cresceram 376% entre 1980 e 2010. Entre os estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios por 100 mil habitantes, Espírito Santo (33,8) e nossa querida Bahia (23,8).

Para o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa: “os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de Aquiles do governo; esse aumento mostra que criança e adolescente não são prioridade dos governos”.
E a Bahia mais uma vez chama a atenção com dados alarmantes. São 23,8 homicídios por 100 mil habitantes. Antes, a maior parte desses crimes acontecia nos grandes centros, agora podemos observar uma interiorização dos homicídios. Não precisamos ir longe para observar esse fenômeno preocupante. Nos últimos anos o número de jovens mortos em nossa região tem aumentado significantemente. Na grande maioria dos casos, são jovens pobres e com baixa escolaridade.
Quando não se investe em educação, nossas crianças e adolescentes se tornam vítimas da má qualidade do ensino público. Um número significante de jovens sai do ensino público sem conhecimentos apropriados em português e matemática. É comum entre os universitários, existir uma espécie de analfabetismo funcional; leem mais não entendem ou não conseguem resolver questões simples de matemática.
É comum, também, uma grande evasão no ensino médio. Jovens com baixa escolaridade e poucas perspectivas profissionais, vivendo numa comunidade em que impera a delinquência, lugares onde os bares é a única opção de lazer, tornado assim, presa fácil para o mercado das drogas e das quadrilhas.
Não tem outra solução, a não ser o investimento em educação pública de qualidade, estimulo cultural e ensino técnico profissionalizante para os jovens entrarem preparados no mercado de trabalho, que cada dia que passa fica mais competitivo, valorizando cada vez mais o capital intelectual. Fica um alerta para nossos queridos governantes, priorizem a educação para que não seja necessário investir em presídios e cemitérios.
Escrito por: Maísa Silva (Graduanda em Administração na Universidade do Estado da Bahia), Extraído do Retiro Notícias.

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