segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A 16ª Parada LGBT reuniu cerca de 10 mil pessoas no domingo, dizem os organizadores

O evento começou com um ato público no estacionamento da prefeitura e, em seguida, o cortejo percorreu uma parte da Getúlio.
Com o tema ‘O respeito é a resposta: me aceite como eu sou’, a 16ª Parada LGBT de Feira de Santana foi realizada neste domingo (3), na Avenida Getúlio Vargas. O evento começou com um ato público no estacionamento da prefeitura e, em seguida, o cortejo percorreu uma parte da Getúlio.

O presidente do movimento Articulação LGBT, Cristiano Queiroz da Silva, afirmou que a parada este ano teve um saldo muito positivo, em relação ao ano anterior. Segundo ele, os organizadores do evento calcularam uma participação de cerca de 10 mil pessoas.

“A Parada LGBT, com todas as dificuldades que nós tivemos, teve um saldo muito positivo. Tivemos uma articulação bem feita pela Secretaria de Prevenção à Violência, e isso nos possibilitou um evento muito tranquilo, onde as pessoas puderam curtir da melhor forma, mostrar toda a sua desenvoltura e todo o respeito que precisam”.

Sobre a escolha do tema ‘O respeito é a resposta: me aceite como eu sou’, Cristiano Queiroz disse que foi nessa perspectiva que os participantes foram às ruas, principalmente após a repercussão da chamada cura gay.

“Então a gente precisa pedir esse respeito e reafirmar esse valor que a Parada perdeu, pois ano passado tivemos uma parada que foi totalmente destruída por outros movimentos, então nós estamos reconstruindo a confiança das instituições. Sobre essa situação da cura gay, nós tivemos na nossa feira da diversidade e cidadania a participação do Conselho Regional de Psicologia, que explicou toda a situação do próprio regimento do conselho, que diz que os psicólogos não podem se pronunciar contra essa questão da diversidade sexual e sim orientar essas pessoas para que se aceitem como são e essas pessoas existem dentro de cada família tradicional brasileira”, afirmou o integrante do movimento Articulação LGBT.

Ainda de acordo com Cristiano Queiroz, muitas pessoas hoje ainda se sentem reprimidas no meio familiar, o que tem levado a índices elevados de depressão e suicídio.

“O que a gente pede é o respeito e a garantia de direitos, pois em cada família temos pessoas reprimidas por conta da religião, do preconceito familiar, e cada vez mais temos visto casos graves. Os grupos LGBT tem cinco vezes mais chances de sofrer depressão e oito vezes mais de cometer suicídio, e temos o Brasil como o primeiro país no mundo que mais mata os LGBTs, e a Bahia como o primeiro estado”.
 
Por Laiane Cruz com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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