Além de Tanquinho, as cidades de Mutuípe, Riachão do Jacuípe, Cachoeira e Feira de Santana recebem a competição
O Campeonato Baiano de Orientação vai até o dia 26 de novembro, contando com cinco etapas disputadas nos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro. Além de Tanquinho, as cidades de Mutuípe, Riachão do Jacuípe, Cachoeira e Feira de Santana recebem a competição que este ano contou com um apoio de R$ 149.632,00 da Sudesb (Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia).
"Fazendo uma analogia, a orientação se assemelha às nossas brincadeiras de infância de caça ao tesouro", explicou Erika Teles, professora de Ciências e atleta da modalidade em entrevista ao Bahia Notícias.
A baiana de Feira de Santana, que pratica o esporte juntamente com os filhos Guilherme, Geovanna, Giulio e Gabrielle Teles, é atual vice-campeã brasileira, campeã sul-americana e coordenadora do projeto social Calangos do Sertão, que conta com mais de 80 atletas filiados espalhados por Salvador, Jacobina, Conceição do Jacuípe, Coité e até Rio de Janeiro e Brasília.
"O esporte é praticado por todas as idades. Não há limite para participar. A gente tem atletas menores de 10 anos, que são conduzidos durante a competição, acompanhados de seus pais ou alguém da equipe, e temos atletas de até 80, 90 anos. O esporte é dividido por faixas etárias e nível técnico. Os que estão em seu primeiro ano, a gente define como 'N', depois passa para 'B', indo para o 'A', onde o ambiente é mais complexo e os pontos de controle têm maiores dificuldades. Nós também temos a elite do esporte, que associa a parte cognitiva com a parte física, onde estão os atletas de alto rendimento. Além da faixa etária e nível técnico, o esporte também é dividido por sexo, possuindo a categoria das damas e dos homens", comentou Erika, que se apaixonou pelo esporte em 2015 e irá representar o Brasil no Mundial Master de Orientação, na Eslováquia, entre os dias 11 a 18 de agosto.
O Campeonato Baiano de Orientação de 2023 contará com sete clubes (Caatinga Trekkers, Calangos do Sertão, Carcará, COEsC, CBM, Kaaporas e CMS) e uma média de 100 atletas, contabilizando os alunos do Colégios Militares de Salvador e dos demais alunos de projetos desenvolvidos em escolas ao longo do campeonato.
Segundo Luiz Célio, atleta, organizador do Campeonato Baiano e atual campeão da categoria H40A, a edição deste ano contará com uma alta competitividade.
"Esse ano a competição está mais acirrada do que nunca. O nível técnico tem elevado bastante, o que torna cada etapa mais emocionante. A 1ª etapa é o termômetro do campeonato e por isso essa prova é mais exigente em termos técnicos e físicos para os atletas experientes", disse Luiz, que ressalta que a Bahia já se destaca em cenário nacional, no Campeonato Brasileiro, o CamBOr.
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| Campeonato Baiano de Orientação conta com cinco etapas espalhadas por cinco munícipios da Bahia | Foto: Luiz Célio |
"Seja em nível técnico, seja em número de atletas, a Bahia já é um destaque. E com o apoio da Sudesb isso tende a melhorar a base e as qualificações para alcançarmos resultados cada vez mais positivos no cenário nacional", comentou Luiz.
Além do Campeonato Baiano, que começa neste domingo, o ano ainda reserva o Campeonato Municipal, que acontece em Feira de Santana, organizado pela Associação Calangos do Sertão, e a Copa Nordeste (Copane), disputada em Salvador, no fim de 2023. Com a modalidade em crescimento, a perspectiva de Erika é que o esporte em breve esteja presente nos Jogos Olímpicos. A atleta também faz questão de ressaltar a importância social do esporte para os jovens.
"A perspectiva que eu tenho para o esporte é que ele cresça cada vez mais e a gente está caminhando para isso. É um esporte pré-olímpico. Nós tivemos, no ano passado, quatro atletas brasileiros que participaram de um evento nos Estados Unidos, que reúne todas as modalidades pré-olímpicas, que são avaliadas para serem incluídas nos Jogos Olímpicos. Então, a gente tem essa expectativa que a orientação em breve vá fazer parte do quadro dos esportes olímpicos. Espero também que o nosso esporte seja valorizado e que nossos jovens possam estar envolvidos cada vez mais em projetos como o Calangos do Sertão, diminuindo a criminalidade, saindo dessa zona de vulnerabilidade. Que a gente possa encontrar parceiros futuros, empresas, entidades, orgãos públicos, para nos apoiar. A gente tem nossa linha de comunicação através do Instagram (@calangos_do_sertao) e o site calagandosdosertao.com.br", finalizou Erika.
Por Hugo Araújo | Bahia Notícias / BN
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