A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) alertou nesta quinta-feira
(15) que a saída dos 8,5 mil profissionais cubanos do programa Mais
Médicos (leia aqui) pode deixar cerca de 28 milhões de pessoas pelo país sem assistência médica, caso não haja substituição deles.
Em nota assinada pelo presidente da entidade, Glademir Aroldi, a CNM
afirmou que as cidades com menos de 20 mil habitantes podem ser as mais
afetadas. Ele destacou ainda que, segundo dados da Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas), 1575 municípios são atendidos apenas por
médicos cubanos, e que 80% dessas localidades têm esse contingente
populacional. “Dessa forma, a saída desses médicos sem a garantia de
outros profissionais pode gerar a desassistência básica de saúde a mais
de 28 milhões de pessoas”. O presidente da entidade também alertou que a
situação aflige os prefeitos e pode “levar a estado de calamidade
pública” e pediu solução rápida da questão.