Dois projetos dos Legislativos estadual e de Salvador propõem
a criação de espaços que contestem a exaltação a figuras escravocratas e
de traficantes de escravos. Os pleitos contrapõem a narrativa vitoriosa
que resultou na edificação de bustos e monumentos públicos e lançam luz
sobre um debate mundial em torno da legitimidade de tais homenagens.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWbvup6HWBIo9aZps-wZEpu1dZ2wu4hNAMXnyi3kRIxbBtwYSt7CFhrvvbtZLF-NVhvCBnSBXGk9hTehFcJONZqzuqIk3YOh8h4EIov_QNBg6Z2JxNOsYLTn2pUaRsvw0kEyqRT9NLEA8/s1600/01.jpg) |
Estátua do Conde de Pereira Marinho, em Salvador |
Uma das proposições é o Projeto de Indicação da vereadora
Marta Rodrigues (PT), que pede ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a
criação de um memorial sobre a regime escravocrata. O intuito do local,
segundo a edil, seria a promoção da valorização da luta de homens e
mulheres negros pelo fim da escravidão no país. "[Com a implantação do
espaço] se promoverá a valorização do legado de resistência das pessoas
negra e negros, africanos e seus descendentes, afetados pela escravidão
no Brasil, de maneira a promover o direito à verdade e à memória da
cidade de Salvador", explicou Marta Rodrigues. O local também exporia,
conforme aponta a ideia submetida à Câmara de Vereadores, os algozes.