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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Riachão - Arbitro fala sobre confusão em partida que quase acaba em tragédia:

O árbitro de futebol Orlando Soares falou nesta terça-feira (15) sobre a confusão generalizada que ocorreu durante a partida de futebol realizada no último domingo, em Riachão do Jacuipe, quando foi agredido por torcedores.

Guel, como é mais conhecido, recebeu a reportagem do Interior da Bahia em sua residência, em Riachão, quando narrou com detalhes o episódio em que quase acaba em tragédia. Ainda demonstrando sentir dores no pescoço e nas costas e com um hematoma ao lado do olho esquerdo, ele adiantou que, dificilmente voltará a apitar uma partida de futebol em Riachão.

“Só se for com muita segurança, mas na situação que está aí, eu não apito mais”, adiantou. “Eu nunca apanhei na minha vida como domingo. Estou todo arrebentando. Foram mais de 20 homens dentro de campo, me agredindo com murros e pontapés. Pensei que não ia sair vivo com tanta pancada que tomei”, revelou, mostrando o saldo da pancadaria e os remédios que estava tomando para combater as dores, um Sedilax e Diprin.

Orlando Soares disse que não houve motivo para a reação enfurecida dos torcedores. “Estava tudo normal, nem os próprios jogadores reagiram. O jogador que eu expulsei deu um soco no adversário dentro da área e eu não poderia fazer nada a não ser expulsá-lo. Quando eu estava anotando o cartão, só recebi um murro pelas costas”, disse.

O árbitro disse que, após o primeiro murro, nem teve como reagir. “Eu ainda tentei correr, mas depois que um me deu o murro, vi vários entrando em campo e correndo em minha direção. Corri, mas eles vieram, me seguiram, chutando e dando murro por trás”, lembrou.

Socorro
Orlando Soares disse ainda que só conseguiu escapar por causa de torcedores de Barreiros e Cancela Preta que não concordaram com as agressões. “Eles me colocaram com os bandeirinhas (Dernival e Ney) dentro do carro e impediram que as pessoas nos agredissem mais. Mesmo assim, eles cercaram o carro e ficaram ameaçando. A sorte foi um rapaz que apareceu e tomou a frente deles, fingindo que estava com uma arma. Se ele não faz aquilo, não sei o que poderia ter acontecido”, detalha.

Sobre as pessoas que ficaram feridas, Orlando disse que não sabe explicar. “Aconteceu logo um grande tumulto entre eles. Eu souber que tinha gente furada, mas a Policia quando chegou revistou todo mundo. Depois nós viemos para a Delegacia em Riachão para dar mais esclarecimentos”, comentou, confirmando ainda que o seu auxiliar Ney correu para lhe socorrer, “mas passal mal”

Depoimentos
Nesta quarta-feira (16) todos os envolvidos na confusão irão depor na Delegacia de Riachão do Jacuípe. Orlando Soares, os bandeirinhas Dernival e Edney, além de alguns agressores e feridos que foram identificados.
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Por: Evandro Matos / Interior Da Bahia

SALVADOR - Jovem e adolescente são mortos pelo tráfico:

Os bairros são diferentes, mas são marcados por uma peculiaridade. A violência que o tráfico impõe. Um jovem e um adolescente foram executados por conta das dívidas com traficantes.

Gerson Dórea Lima Neto (22) foi morto com tiros na cabeça, quando se encontrava embaixo de uma lage em obras, na Rua Colina Azul, bairro Pau da Lima. O rapaz, que trabalhava no lava-jato do pai, foi mais uma vítima do tráfico.

Segundo o pai do jovem, Netinho, como era conhecido, ele era usuário de drogas. O corpo do jovem apresentava perfuração de arma de fogo na cabeça.

Ao lado do cadáver, haviam copos descartáveis e latinhas de cerveja cortadas, meio empregados por usuários de crack, que utilizam esses recipientes para queimar a pedra.

E no bairro do Curuzu, um adolescente foi executado com seis tiros de pistola 380 na cabeça. Felipe da Cruz Viana (15), foi encontrado caído, já sem vida, na Vila Braulino Frade.

Apesar da rua estar movimentada na hora do crime, ninguém quis falar sobre a morte do garoto, atribuídas a traficantes do local.

Agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local, mas não conseguiram levantar pistas dos criminosos.

O pai do adolescente apareceu minutos depois e disse que Felipe morava com a mãe, no bairro Fazenda Grande do Retiro, mas que não soube informar porque ele estava no Curuzu, já que lá não reside nenhum parente. Os crimes aconteceram na quarta-feira (16).

Por: João Kalil / Fonte: Bocão News

CANDEIA - Dois homens escapam de tiroteio e atentado em Candeias:

Dois homens sofreram um atentado no final da noite desta terça-feira (15) no município de Candeias, região metropolitana de Salvador. Após serem baleados durante uma troca de tiros com traficantes, Rogerio dos Santos, 34, e Alexsandro da Conceição dos Santos, 18, escaparam de um ataque ao carro que os levava ao pronto-socorro.

De acordo com um sargento da 10ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), as vítimas participaram de uma troca de tiros com traficantes por volta das 22h30, na Rua Barão do Rio Branco, no bairro de Santo Antonio. 

Os dois ficaram gravemente feridos no confronto. Rogério foi baleado no peito e no braço direito. Já o jovem levou cinco tiros no peito. De acordo com a polícia, no momento em que foram socorridos até o posto médico, o carro foi metralhado por criminosos que teriam participado do tiroteio. Porém, ninguém foi baleado.

Os dois feridos foram transferidos por volta das 23h30 de ontem em estado grave para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. O estado de saúde dos dois não foi divulgado. (Fonte: Bocão News)

FSA - Jovem é assassinado dentro de bar em Feira de Santana:

Foto: Reprodução/Acorda Cidade
Os tiros atingiram várias partes do corpo do jovem que ainda foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu.

Foi assassinado a tiros na tarde de quarta-feira (15), Roberto Costa de Jesus, 20 anos.  De acordo com informações da polícia, ele estava em um bar no bairro Irmã Dulce, em Feira de Santana, quando discutiu com um homem não identificado, que sacou uma arma e efetuou vários disparos contra a vítima. Os tiros atingiram várias partes do corpo de Roberto, que foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu. Ele morava na Vila Itapemirim, bairro Irmã Dulce. O corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica - DPT. (Por: Andréa Trindade / Com informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade). 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Feira de Santana mobilizada contra a corrupção:

Ney Silva
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Feira de Santana, Osvaldo Torres Neto disse que essa mobilização apesar de nascer pequena tende a crescer por ser um movimento espontâneo.

O combate a corrupção com a punição de políticos e pessoas que praticam esse tipo de crime. Essa foi a finalidade principal da marcha realizada na manhã desta terça-feira (15), com a participação de dirigentes de entidades de classe da cidade. A concentração ocorreu por volta das 9h na Praça de Alimentação, centro comercial de Feira de Santana. 

A mobilização foi organizada pela Maçonaria, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rotary, Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Centro das Indústrias. O evento não contou com um número expressivo de pessoas na caminhada, mas era notável a satisfação dos participantes em chamar a atenção da comunidade para os atos de corrupção e o enfrentamento do problema que é muito grave e traz consequências para o Brasil.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial, Armando Sampaio, informou que essa mobilização mostra que as instituições e a comunidade estão insatisfeitas com os atos de corrupção. “Isso aqui é uma semente. É uma primeira mobilização", disse.  Ele lembra que não é possível atribuir a corrupção apenas a classe política. Na opinião do empresário existem duas pontas dessa história: O corrupto e o corruptor. “O político é mais assediado porque facilmente conta com verbas públicas para atender os subornadores. Nós precisamos acabar com isso", afirma Armando. Além da ação corrupta de políticos, ele cita como exemplos de atos de corrupção, o suborno a um guarda de trânsito e a alguém que está numa fila.

O servidor municipal aposentado Valdir Vieira Costa destaca ser importante esse tipo de manifestação, mas defende que é necessário fazer uma campanha para eliminar a imunidade parlamentar de deputados, senadores e governadores. Ele acredita que dessa forma o cidadão também ficará receoso em praticar um ato de corrupção.  

Vestida com uma blusa simbolizando a bandeira do Brasil, a comerciária Janaína Sousa Santos estava bastante entusiasmada com a manifestação contra a corrupção. “Esse movimento nasce pequeno, mas depois vai crescer e melhorar muito", ressalta. Ela disse ainda que o país é forte e rico e não é possível mais continuar com tantos corruptos. 

 Presidente do Conselho dos Veneráveis, que reúne as 11 lojas maçônicas de Feira de Santana, Marcos Antonio de São Pedro, que é também venerável mestre da loja maçônica 16 de junho, informou que a iniciativa da manifestação na data de 15 de novembro quando se comemora a Proclamação da República, tem por objetivo chamar a atenção do povo brasileiro para parar com a corrupção no Brasil. Ele ressalta que os atos de corrupção trás prejuízos incalculáveis para a nação. “Você vê a fraqueza na educação, saúde, segurança e infraestrutura do Brasil por causa disso”, Afirma Marcos. 

O presidente da OAB em Feira de Santana, Osvaldo Torres Neto, disse que essa mobilização apesar de nascer pequena tende a crescer por ser um movimento espontâneo. “Esse sentimento contrário a corrupção é verdadeiro, sólido e forte", afirma.  O advogado ressalta que a população brasileira não suporta mais a palavra corrupção, mas reconhece que infelizmente não se criou mecanismos para que se possa frear esses atos de corruptos de forma mais ágil e severa.  Depois de percorrem a Avenida Getúlio Vargas, os manifestantes voltaram a se concentrar na Praça de Alimentação. A proposta é que outras manifestações desse tipo voltem a ser organizadas. 

Fotos: Ney Silva / Fonte: Acorda Cidade 

IBOTIRAMA - Criança de dois anos é baleada e homem é morto dentro de bar em Ibotirama:

Pai da criança também foi atingido na cabeça e nas costas, segundo a delegacia local

Uma discussão terminou com o pai e o filho de dois anos baleados e um homem morto em Ibotirama, a 650 km de Salvador.
Erivelton Alves Rodrigues e José Carlos Moreira de Souza encontraram-se no bar Estrela da Terra, no bairro São Francisco, e iniciaram a discussão na noite do último domingo (13). Durante a briga, o primeiro sacou uma arma calibre 32 e atirou contra José, que estava com o filho no colo.

José foi atingido na cabeça e nas costas e R.L.B., de 2 anos, foi baleado de raspão no braço. Segundo informações da delegacia local, Antonio Moreira de Souza, irmão de José, entrou em luta corporal com Erivelton, tomou-lhe a arma e disparou um tiro contra o peito dele. Erivelton morreu no local. 

José e o filho foram socorridos ao Hospital Regional de Ibotirama, onde foram medicados e receberam alta no mesmo dia. Antonio foi preso em flagrante. 

Ainda de acordo com a delegacia, a atual mulher de José e mãe da criança é ex-namorada de Erivelton, o que teria motivado a discussão.
As informações são do Correio

Ex-vereador que morreu durante pouso tinha medo de viajar de avião:


Assustado com a dificuldade da aterrissagem, Agnaldo teria se jogado da aeronave antes da conclusão

O ex-vereador do município de Condeúba, no sudoeste da Bahia, que morreu depois de pular de um avião monomotor, tinha medo de viajar de avião, segundo informações dos irmãos da vítima. 

Agnaldo José Pereira, 44 anos, viajava em companhia de um primo e de um irmão, que pilotava a aeronave, quando o avião fez um pouso forçado por volta das 21h desta segunda-feira (14). 
O avião modelo PR ZCM-RV 10 apresentou uma pane no momento do pouso em uma pista particular, que fica em uma fazenda do ex-vereador. Segundo a 80ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Cândido Sales), assustado com a dificuldade da aterrissagem, Agnaldo teria se jogado da aeronave antes da conclusão do procedimento de pouso e foi atingido por uma das hélices do monomotor. Ele morreu na hora. 
Os outros dois familiares da vítima não sofreram ferimentos durante o pouso. Eles ficaram em choque com a morte do ex-vereador. A aeronave sofreu pequenos danos. Agnaldo era membro da ONG Voluntários do Sertão, que prestava assistência a famílias no interior baiano. 
O corpo dele foi velado na Câmara Municipal de Condeúba e sepultado no início da noite desta terça-feira (15) no distrito de Alegre, na zona rural da cidade. 
Segundo informações da delegacia local, a aeronave passará por avaliação técnica de investigadores da Aeronáutica, que devem chegar ao município ainda nesta terça-feira. O caso também será investigado pela Polícia Civil. As informações são do Correio.

FSA - Agente de trânsito é atropelado durante passeata contra a corrupção em Feira de Santana:

Um agente de trânsito foi atropelado na manhã desta terça-feira (15) durante “Passeata contra a corrupção” em Feira de Santana no interior da Bahia. O agente da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) José Carlos foi vítima de atropelamento enquanto fazia o ordenamento do trânsito na passeata.


A moto em que estava José Carlos foi atropelada por um veículo Siena de placa JSL 7674 com licença de Feira de Santana. O motociclista foi atendido por uma ambulância do SAMU, reclamava de dores, mas não teve ferimentos graves. O documento encontrado no veículo estava em nome de Erivaldo Falcão de Brito Neto.

O motorista contou que acompanhava a passeata quando a moto do agente atravessou de repente na frente do veículo e o mesmo, como falava com alguém ao lado, acabou tombando no veículo. Segundo agentes do SMT, o veículo foi encaminhado para o pátio do SMT e o condutor foi levado a 2ª delegacia para interrogatório.

Portal Bk2/Extraído do blog Central de Polícia

SALVADOR - Por onde anda? O herói tratorista que se recusou a demolir casas e emocionou o Brasil:

Amilton dos Santos ficou conhecido, em 2003, pela atitude heroica

Para a maioria dos brasileiros, a manhã de dois de maio de 2003 poderia ser somente uma daquelas datas do calendário renegadas ao esquecimento. Nenhum grande feito histórico, nenhuma decisão de Estado considerável, nenhuma morte de uma personalidade importante. Aquele dia, entretanto, ficaria marcado pela simplicidade e pela força estrondosa dos pequenos gestos e pela rebeldia singela dos heróis anônimos do cotidiano.

Um baiano de 53 anos, pai de família, sem muita formação escolar, de conversa simples e afável nos tratos, enfrentou a ordem dos patrões, desafiou a decisão da justiça e seguiu aquilo que acreditava ser o mais importante entre os seres humanos - a solidariedade. Amilton Santos, no comando de um trator, foi contra tudo e todos e se tornou um herói e exemplo para os brasileiros. 

Obrigado a demolir duas casas que abrigavam quinze pessoas no bairro da Palestina, ele desceu do trator, chorou, foi ameaçado e pressionado a cumprir uma determinação judicial. Acuado, tentou mais uma vez, mas não conseguiu passar por cima da própria crença e dos seus sentimentos.

A historia do operador de máquinas Amilton, hoje com 61 anos, ganhou repercussão em diversos meios de comunicação e emocionou o Brasil. Despertou a curiosidade, foi tema de entrevistas, de debates sobre as ordens judiciais, inspirou autores de novela e trouxe de volta a sensação de que o mundo ainda tem muito espaço para a honestidade, fraternidade e para a compaixão. "Foi um dia que mudou tudo para mim e eu faria exatamente tudo de novo. Eu tenho casa, tenho família, e com que direito eu poderia chegar e passar o trator por cima da casa dos outros deixando todo mundo sem ter onde dormir? Sem ter um abrigo? Esse tipo de serviço nunca fiz e não me chamem. Primeiro de tudo, o coração e o bem das pessoas", relembrou o tratorista. 

Oito anos depois do episódio, Amilton continua trabalhando na mesma empresa, fazendo serviços de terraplanagem. Em uma dessas ironias do destino, a atividade principal dele, desenvolvida durante às 8h diárias de trabalho, é preparar o terreno para a construção das obras do projeto "Minha Casa, Minha Vida". "A casa da gente é o lugar onde você descansa, se alimenta, vive com sua mulher, com seus filhos, com seus parentes. Ficar sem isso é a mesma coisa que tirarem um pouco de sua vida ou não é?", pergunta.

O herói tratorista que mora no bairro da Fazenda Grande do Retiro com a mulher e dois filhos, diz que é ainda é lembrado e admirado pelo feito que marcou a sua vida e a vida dos moradores da Palestina. No ano de 2004, foi candidato a vereador, mas perdeu a vaga. A rápida passagem pela política não deixou nada de tão memorável: "É uma coisa que não me meto mais. Para o futuro, eu só quero saber de saúde, de viver bem mesmo e de trabalhar". O tempo que sobra também é dedicado aos dez filhos que tem. Embora a maioria já possua mais de 18 anos, o operário faz questão de estar por perto, conversando, acompanhando e, quando possível, ajudando: "Eles tem uma grande admiração por mim, acham que sou o herói deles, que tenho o coração bom", explica.

As lembranças do dia

Apesar de não ter nenhum material de jornal, nenhum vídeo ou algum documento que relate com precisão os fatos daquele dia, Amilton lembra de praticamente toda a sequência com detalhes. Ele conta que havia tido um sonho ruim e estava um pouco confuso antes de sair para a empresa. Logo que chegou ao trabalho, o operário recebeu do patrão a ordem de derrubar casas velhas e vazias que estariam prestes a desabar.

No local, já se encontravam os dois oficiais de justiça designados pelo Fórum de Salvador para cumprir o mandado de demolição das casas de Telma Sueli dos Santos Sena  e de Ana Célia Gomes Conceição e para garantir a reintegração de posse do terreno. Para garantir a tranquilidade da operação, seis viaturas da 31ª. Companhia da Polícia Militar e cerca de 20 soldados armados com revólveres, escopetas e fuzis, comandados pelo Major Castro, acompanhavam os trâmites para assegurar a execução da ordem emitida pelo juiz Cláudio Fernandes de Oliveira, na época titular da 12ª. Vara de Feitos Cíveis.

A chegada dele ao local, com a retroescavadeira, iniciou os preparos para desalojar as famílias. Os oficiais ratificaram a determinação judicial e Amilton chegou a ligar a ignição. Nervoso, com as mãos trêmulas, diante de dezenas de vizinhos e principalmente com o desespero das duas famílias, o operário se recusou a prosseguir. A família, segundo ele, repetia aos gritos súplicas a Deus. Em seguida, começaram os pedidos afoitos de "Pare, pare, pare!".

Amilton, sem saber ao certo das consequências que o ato poderia ter, desabafou aos prantos: "Não posso fazer uma coisa dessas. Não posso fazer isso". E repetia ininterruptamente  para os oficiais: "Isso não é direito! Não é direito! Não posso derrubar a casa de um pai de família e de um trabalhador como eu. Isso poderia estar acontecendo comigo e eu não acho certo. Não é direito!"

Ameaçado de prisão, ele ainda tentou uma segunda vez, mas não conseguiu cumprir a ordem. Esclareceu que sofria de problemas no coração e que tinha pressão alta. Com disposição voraz para cumprir o estabelecido, outro operador de máquinas foi chamado para fazer o serviço. Novamente, a recusa. Com a mobilização, a comoção, o próprio desgaste de horas de tensão entre moradores e policiais, além da própria repercussão, a empresa mandou recolher a retroescavadeira.

"Hoje eu olho aquilo e vejo que foi Deus quem me ajudou a tomar aquela decisão. Nunca me esqueço, não posso me esquecer. E sempre que posso ainda visito Dona Telma e a casa", diz.

 Herói ou apenas um homem justo?
A pergunta que costuma se repetir para o operário é se ele considera que a atitude foi digna de um herói. Ainda que tenha algumas reservas, ele não esconde que seu gesto foi corajoso: "Eu podia ter sido preso, demitido e nada disso aconteceu. Eu sei que muita gente na mesma situação não faria a mesma coisa. Mas não podia deixar aquilo acontecer, fazer aquilo. Eu acho que a justiça não estava certa naquela hora. Então, se você pensar assim, naquela pressão total, eu acho que fui um herói".
Inevitavelmente, por trabalhar no mesmo ramo, as memórias do caso estão sempre presentes. "Quase todos os dias, quando subo no trator, lembro um pouco. Quando vi o prédio que caiu em Massaranduba, lembrei das pessoas que poderiam perder suas casas naquela situação. A mesma coisa com Holyfield. Meus olhos ficaram cheios de lágrimas. Isso só mostra que tem muita gente boa fazendo bem. E é isso que a gente, quando pode, deve fazer".
Por: Gilvan Reis / Fonte: iBahia

BARREIRAS - Suspeito de assassinar PM é morto em Barreiras:


Vítima de latrocínio - roubo seguido de morte -, o corpo do soldado da Polícia Militar (PM) Washington Pereira da Silva, 32 anos, será enterrado às 18 horas desta terça-feira(15), no cemitério São Sebastião, no bairro de Barreirinhas, em Barreiras, 858 km de Salvador. Ele foi morto ontem à noite ao reagir a um assalto à uma imobiliária. Hoje, por volta das 6h, um dos suspeitos de praticar o crime foi morto em confronto com prepostos da Companhia Independente de Policiamento Especial – Cipe Cerrado, nos arredores do povoado da Nanica, a cerca de 3 km de onde ocorreu o latrocínio.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) do Complexo Policial de Barreiras, porém, ainda não foi identificado, pois estava sem documentos pessoais. Com ele os policiais encontraram objetos da vítima. Um outro suspeito está foragido.

As informações são do A Tarde / Miriam Hermes | Sucursal de Barreiras

Agassiz Almeida e Francisco Julião, nomes emblemáticos da história das lutas camponesas, serão homenageados pelas Câmaras de Vereadores de Sapé, Mari


Jorge Brito

jorgebritods@gmail.com

“Defendemos uma Comissão Nacional da Verdade que revolva os porões da Ditadura Militar.” Agassiz Almeida.

“As Ligas Camponesas romperam quatro séculos de opressão do latifúndio.” Francisco Julião.

Articuladas ao projeto nacional de Memória Histórica e Resgate de personalidades que se destacaram na luta e resistência à Ditadura Militar de 64, ao qual estão integradas entidades e órgãos de defesa dos direitos humanos, como a Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, a Associação Brasileira de Imprensa, ABI, o CNBB, Congresso Nacional dos Bispos do Brasil, “Grupo Tortura Nunca Mais” e Centro de Referência dos Direitos Humanos, as Câmaras de Vereadores de Sapé, Mari e Guarabira realizaram nos próximos dias 22, 23 e 25 do corrente mês, às 19,30 horas, sessões em homenagens aos escritores e ex-deputados federais Agassiz Almeida e Francisco Julião, este “in memoriam”, com comendas e nomes de logradores públicos a eles concedidos através de proposituras dos vereadores Walter Filho, Vânia Monteiro e Beto Meireles . Pela relevante história da luta democrática na resistência ao regime militar de 64 dos homenageados, os vereadores justificaram a iniciativa de suas ações.

Francisco Julião e Agassiz Almeida, com o desfecho do Golpe Militar, foram presos e perderam os seus mandatos de deputado e amargaram longo exílio.

Com decisões deste teor, as Câmaras de Vereadores resgatam ao reconhecimento público nomes emblemáticos da nossa contemporânea história, no momento em que o país aguarda a criação da Comissão Nacional da Verdade destinada a revolver um passado de tirania que asfixiou a nação por 21 anos.

A cerca de 50 anos passados, Agassiz Almeida e Francisco Julião, jovens deputados à época, defendiam a reforma agrária através das Ligas Camponesas, e apontavam ao país os verdadeiros responsáveis pelas mortes de lideres camponeses, entre os quais João Pedro Teixeira, Pedro Inácio de Araújo, (Pedro Fazendeiro), e João Alfredo.

Foi Francisco Julião que mobilizou a primeira greve de camponeses na história do país,em 1960. Em 1962, Agassiz Almeida requereu à Assembléia Legislativa da Paraíba a constituição de uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar os responsáveis pelo assassinato de João Pedro Teixeira, e também apontou os criminosos desta tipologia delinqüente, o assassinato e desaparecimento de Pedro Fazendeiro.

Centro de Referência de Direitos Humanos