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sexta-feira, 16 de maio de 2025

IBGE-BA: Taxa de desocupação no 1º trimestre de 2025 foi a menor para o período na Bahia (10,9%) e a menor em toda a série para Salvador (9,2%) e RMS (9,8%)

Vale destacar que a taxa de desocupação baiana manteve-se, pelo quatro trimestre consecutivo, como a 2ª mais alta entre os 27 estados, abaixo apenas da registrada em Pernambuco (11,6%).
No 1º trimestre de 2025,
 a taxa de desocupação na Bahia foi de 10,9%. Ela mostrou tendência de alta em relação à do 4º trimestre de 2024 (que havia sido de 9,9%), mas foi a menor, no estado, para um 1º trimestre, nos 13 anos de série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

Reprodução
Ainda assim, a taxa de desocupação baiana manteve-se, pelo quatro trimestre consecutivo, como a 2ª mais alta entre os 27 estados, abaixo apenas da registrada em Pernambuco (11,6%). Também seguiu bem acima da taxa nacional (7,0%) e equivalendo a pouco mais de três vezes a verificada em Santa Catarina, estado que teve a menor taxa de desocupação do Brasil, no 1º trimestre (3,0%).

O município de Salvador continuou, no 1º trimestre deste ano, com uma taxa de desocupação menor do que a do estado como um todo (9,2%). Ela se manteve em queda frente ao trimestre anterior (quando havia sido de 9,7%) e foi a menor taxa de desocupação da série histórica da PNADC, considerando todos os trimestres.

Com isso, no 1º trimestre de 2025, Salvador seguiu caindo no ranking da desocupação entre as capitais, passando da 4ª para a 5ª posição, atrás de João Pessoa/PB (10,2%), Manaus/AM (10,0%), Recife/PE (9,9%) e Belém/PA (9,4%).

Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), por sua vez, a taxa de desocupação ficou em 9,8%, no 1º trimestre de 2025, acima do indicador da capital, mas abaixo do verificado no estado como um todo.

O indicador da RMS também recuou em relação ao 4º trimestre de 2024 (quando havia sido 10,3%) e foi a menor taxa de desocupação, considerando todos os trimestres, nos 13 anos de série da PNADC.

Assim, a RM Salvador caiu duas posições no ranking de desocupação entre as regiões metropolitanas pesquisadas, de 2ª para 4ª maior taxa, atrás das RMs Recife/PE (11,6%), Rio de Janeiro/RJ (10,4%) e João Pessoa/PB (10,3%).

A taxa de desocupação mede a proporção (%) de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).

Frente ao 4º tri/24, nº de trabalhadores caiu (-2,4%) e de desocupados cresceu (8,3%) na BA, mas resultados foram recordes positivos para 1º tri

A alta na taxa de desocupação da Bahia, do 4º trimestre de 2024 para o 1º trimestre de 2025, foi resultado, por um lado, da queda no número de pessoas trabalhando e, por outro, do aumento do número de pessoas desocupadas (ou desempregadas).

No 1º trimestre do ano, a população ocupada (quem estava trabalhando no estado, fosse em ocupações formais ou informais) ficou em 6,364 milhões de pessoas, recuando 2,4% frente ao trimestre anterior, quando havia sido de 6,522 milhões (menos 158 mil ocupados no período).

Porém, na comparação com o 1º trimestre de 2024 (quando 6,038 milhões de pessoas estavam ocupadas), a população que trabalhava na Bahia seguiu em alta (+5,6%), com um saldo de mais 326 mil trabalhadores em um ano.

Com isso, o estado teve, em 2025, o maior número de pessoas trabalhando, para um 1º trimestre, em toda a série histórica da PNADC, iniciada em 2012.

Por outro lado, a população desocupada (que não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido caso tivesse encontrado) cresceu 8,3% (+60 mil pessoas) frente ao 4º trimestre de 2024, chegando a 780 mil pessoas.

Apesar disso, em 2025, a população desocupada na Bahia foi a menor para um 1º trimestre em toda a série histórica do IBGE, ficando 20,9% menor do que a existente no 1º trimestre de 2024, com menos 206 mil pessoas desocupadas em um ano.

Ambos os movimentos da força de trabalho baiana entre o 4º trimestre de 2024 e o 1º de 2025 se devem, em certa medida, à sazonalidade do próprio mercado. Nesse intervalo de tempo, costuma haver dispensas de trabalhadores temporários contratados para a temporada de festas e férias, bem como a retomada das buscas por emprego por parte de pessoas que haviam parado de fazer isso no fim de ano.

Entre o 4º trimestre de 2024 e o 1º trimestre de 2025, também houve variação positiva na população desalentada, na Bahia, que aumentou 1,3% (mais 7 mil pessoas), chegando a 527 mil. Ainda assim, ela ficou 13,2% abaixo do verificado no 1º trimestre de 2024 (menos 80 mil desalentados em um ano) e foi a menor para esse período em nove anos, desde 2016.

A Bahia segue com o maior número absoluto de desalentados do país, posto que detém ao longo de toda a série da PNAD Contínua, desde 2012. No 1º trimestre de 2025, no Brasil, havia 3,228 milhões de desalentados, número que cresceu frente ao 4º trimestre de 2024 (+6,6% ou mais 200 mil pessoas), mas caiu em relação ao 1º trimestre do ano passado (-10,2% ou menos 367 mil pessoas).

população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho (não está trabalhando nem procurando trabalho) por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Na cidade de Salvador e na Região Metropolitana da capital, os movimentos no mercado de trabalho do 4º trimestre de 2024 para o 1º trimestre de 2025 foram similares entre si e diferentes do verificado no estado como um todo.

Em ambos os recortes territoriais, a população ocupada (trabalhando) diminuiu; mas o número de pessoas desocupadas (procurando trabalho) também caiu, o que contribuiu para o recuo na taxa de desocupação.

No 1º trimestre, no município de Salvador, havia 1,413 milhão de pessoas trabalhando (frente a 1,422 milhão no trimestre anterior) e 143 mil desocupados (frente a 153 mil no trimestre anterior).

Considerando toda a Região Metropolitana da capital, 1,928 milhão de pessoas trabalhavam (frente a 1,958 milhão no trimestre anterior), enquanto 210 mil estavam desocupadas (frente a 225 mil no trimestre anterior).

Redução do nº de trabalhadores na Bahia, do 4º tri/24 para o 1º tri/25, foi puxada por empregados do setor público (-63 mil) e sem carteira (-39 mil)

Entre o 4º trimestre de 2024 e o 1º trimestre de 2025, a queda no número de pessoas trabalhando na Bahia foi bastante disseminada, ocorrendo em quase todas as formas de inserção no mercado de trabalho.

A única exceção foram os trabalhadores por conta própria, que chegaram a um contingente de 1,726 milhão de pessoas, com um aumento de 1,5%, entre um trimestre e outro (mais 25 mil). O crescimento foi concentrado naqueles sem registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), portanto, informais, que representam 86,7% do total de contas-próprias e aumentaram 3,7% (mais 54 mil), no período.

Por sua vez, os saldos mais negativos no total de trabalhadores, do 4º trimestre de 2024 para o 1º de 2025, foram verificados entre os empregados no setor público (menos 63 mil ou -7,5%), que somaram 802 mil pessoas, e os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (menos 39 mil pessoas ou -2,9%), que chegaram a 1,316 milhão no 1º trimestre deste ano.

Apesar da diminuição mais expressiva dos trabalhadores do setor público, que são formais, o número de pessoas ocupadas na informalidade, no mercado de trabalho baiano, caiu um pouco no 1º trimestre de 2025, frente ao último de 2024. Entre janeiro e março, 3,305 milhões de pessoas trabalhavam como informais na Bahia, -1,1% do que no 4º trimestre de 2024 (menos 38 mil pessoas).

Ainda assim, como o número de informais caiu menos do que o total de trabalhadores, a taxa de informalidade (proporção de informais no total de pessoas ocupadas) aumentou e chegou a 51,9%, no estado, acima dos indicadores tanto do 4º trimestre (51,3%) quanto do 1º trimestre de 2024 (50,2%).

São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.
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Frente ao 4º tri/24, alojamento e alimentação (-61 mil pessoas) e agropecuária (-55 mil) tiveram as maiores perdas de trabalhadores na Bahia

Na passagem do 4º trimestre de 2024 para o 1º de 2025, diminuiu o número de pessoas trabalhando em 7 dos 10 grupamentos de atividade investigados na Bahia.

As maiores reduções absoluta e percentual no número de trabalhadores foram verificadas em alojamento e alimentação (-61 mil pessoas ou -13,5%), passando de 452 mil para 391 mil pessoas ocupadas.

A segunda maior queda ocorreu em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (menos 55 mil trabalhadores ou -5,9%), de 929 mil para 874 mil pessoas ocupadas, entre um trimestre e outro.

Por outro lado, dentre as três únicas atividades com aumento no número de pessoas ocupadas na Bahia, no período, a que teve o saldo mais positivo foi comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 68 mil trabalhadores ou +5,7%), de 1,199 milhão para 1,267 milhão de pessoas ocupadas.

O comércio também foi a atividade que mais ampliou a sua força de trabalho em relação ao 1º trimestre de 2024, com mais 98 mil pessoas ocupadas (+8,4%). Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas teve o segundo maior saldo positivo nessa comparação (mais 92 mil pessoas ocupadas em um ano, +17,5%), chegando a 617 mil trabalhadores.

Frente ao 1º trimestre de 2024, a agropecuária teve a maior perda de trabalhadores, em termos absolutos e percentuais (menos 56 mil, ou -6,0%), seguida pela administração pública (menos 20 mil trabalhadores ou -1,7%).
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Do 4º tri/24 para o 1º tri/25, rendimento médio dos trabalhadores aumenta na Bahia (+2,7%), em Salvador (+3,6%) e Região Metropolitana (+2,0%)

No 1º trimestre de 2025, o rendimento médio real (descontados os efeitos da inflação) mensal habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia ficou em R$ 2.231.

O valor foi o 2º mais baixo entre as 27 unidades da Federação, maior apenas do que o registrado no Maranhão (R$ 2.088), mas ficou acima do verificado no 4º trimestre de 2024, que havia sido de R$ 2.173 (mais R$ 58 ou +2,7%). Frente ao 1º trimestre de 2024 (R$ 2.212), também houve variação positiva (mais R$ 19 ou +0,9%).

Em Salvador e na Região Metropolitana da capital, houve avanços em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas quedas frente com o 1º trimestre de 2024.

No município de Salvador, o rendimento médio real mensal habitualmente recebido pelos trabalhos ficou em R$ 3.027, 3,6% acima (mais R$ 106) do que no trimestre anterior (R$ 2.921), mas 3,5% abaixo do valor do 1º trimestre de 2024 (menos R$ 110).

Foi o 2º menor rendimento de trabalho entre as capitais, acima somente de Manaus/AM (R$ 2.942).

Já a RM Salvador teve um rendimento médio mensal de R$ 2.909 no 1º trimestre, também superior (+2,0% ou mais R$ 58) ao do 4º trimestre de 2024 (R$ 2.851), mas 2,3% menor do que o do 1º trimestre de 2024 (menos R$ 68). Foi, ainda, o 2º menor rendimento médio de trabalho entre as 20 regiões metropolitanas investidas, superior apenas ao da RM Manaus/AM (R$ 2.836).

Na Bahia como um todo, a massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 12,981 bilhões no 1º trimestre de 2025. Variou positivamente nas duas comparações: +0,6% frente ao 4º trimestre/24 e +7,1% frente ao 1º tri/23.

massa de rendimento é a soma dos rendimentos de trabalho de todas as pessoas ocupadas (trabalhando). Indica o volume de dinheiro em circulação.

Outras informações estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.

Por Mariana Viveiros | IBGE
OS DADOS

** A taxa de desocupação na Bahia (10,9%) subiu frente ao 4º trimestre de 2024 (havia sido 9,9%) e seguiu a 2ª mais alta entre os estados, mas foi a menor para um 1º trimestre nos 13 anos de série histórica no IBGE (iniciada em 2012);

** Município de Salvador (9,2%) e Região Metropolitana da capital (9,8%) tiveram quedas nas taxas de desocupação, que foram as mais baixas da série histórica, considerando todos os trimestres;

** No 1º trimestre de 2025, tanto Salvador quanto a RMS deixaram de liderar os rankings nacionais de desocupação, ficando, respectivamente, na 5ª e 4ª posições;

** De janeiro a março de 2025, havia 6,364 milhões de trabalhadores na Bahia. Embora seja o maior para um 1º trimestre na série histórica, esse contingente diminuiu frente ao 4º trimestre de 2024 (-158 mil ocupados ou -2,4%);

** Já as pessoas procurando trabalho (desocupadas ou desempregadas) somavam 780 mil, na Bahia, representando aumento de 8,3% frente ao trimestre imediatamente anterior, mas o menor número para um 1º trimestre, em toda a série;

** A redução do número de trabalhadores na Bahia, do 4º tri/24 para o 1º tri/25, foi puxada pelos empregados do setor público (-63 mil) e empregados no setor privado sem carteira assinada (-39 mil);

** Frente ao 4º tri/24, 7 dos 10 grupamentos de atividades econômicas tiveram saldos negativos de trabalhadores na Bahia, com alojamento e alimentação (-61 mil pessoas) e agropecuária (-55 mil) apresentando as maiores quedas absolutas;

** Do 4º trimestre de 2024 para o 1º trimestre de 2025, o rendimento médio real dos trabalhadores aumentou na Bahia (+2,7%), em Salvador (+3,6%) e na Região Metropolitana da capital (+2,0%);

** As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, do IBGE.

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