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A Bahia tinha a maior população quilombola urbana do Brasil, enquanto no contexto rural, ficava abaixo do Maranhão.
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Nacionalmente, 6 em cada 10 quilombolas (61,7% ou 820.906) moravam em áreas rurais (frente a 12,6% da população em geral). Essa proporção era maior no Piauí (87,9% de quilombolas em áreas rurais), Amazonas (84,9%) e Maranhão (79,7%). As menores proporções de população quilombola rural estavam no Distrito Federal (3,0%), em Rondônia (18,4%) e Goiás (27,0%).
Nas áreas rurais, população quilombola baiana é bem mais jovem e um pouco menos masculina do que o total de habitantes:
Na Bahia, a população quilombola (rural ou urbana) é um pouco mais masculina do que o total de habitantes, com uma razão de sexo de 97,9 homens por 100 mulheres, frente a 93,6 homens por 100 mulheres na população em geral.
Nas áreas rurais do estado, embora a população quilombola seja ainda mais masculina (103,1 homens por 100 mulheres), a razão de sexo é menor do que a verificada para o total da população rural (108,4 homens por 100 mulheres).
Já nas áreas urbanas, a razão de sexo entre quilombolas (92,6 homens para cada 100 mulheres) é maior do que a registrada para o total da população nesses locais (89,5 homens para cada 100 mulheres).
A maior presença de homens entre quilombolas, na Bahia, se relaciona com o fato de essa população ser mais jovem, ou seja, ter um menor índice de envelhecimento. Isso também é ainda mais significativo nas áreas rurais.
Considerando toda a população quilombola baiana, há 60,8 pessoas idosas (de 60 anos ou mais de idade) para cada 100 pessoas de até 14 anos. Na população total do estado, o índice de envelhecimento é bem maior: de 75,4 idosos por 100 pessoas até 14 anos de idade.
Entre os quilombolas baianos nas áreas rurais, há ainda menos idosos por crianças/adolescentes, 59,9 para cada 100, num índice de envelhecimento muito abaixo do verificado para a população rural do estado como um todo (de 85,5 idosos por 100 pessoas de até 14 anos).
Mas nas áreas urbanas também há uma diferença importante. Enquanto, entre os quilombolas urbanos existem 61,9 pessoas de 60 anos ou mais para cada 100 de até 14 anos, na população baiana urbana como um todo o índice é de 72,3 idosos por 100 crianças/adolescentes.
O baixo índice de envelhecimento, por sua vez, se reflete em menores idades medianas: de 32 anos, para quilombolas em geral (frente a 35 anos para o total da população baiana); de 33 anos para quilombolas urbanos (frente a 34 anos para a população urbana em geral) e de 31 anos para quilombolas rurais (frente a 35 anos para a população rural baiana como um todo).
Taxa de analfabetismo de quilombolas urbanos na Bahia (13,7%) é bem maior do que no total da população urbana do estado (9,0%):
A taxa de analfabetismo da população quilombola baiana de 15 anos ou mais de idade (18,3%) é bem maior que a da população em geral (12,6%). Embora ambas as taxas (quilombola e geral) sejam menores no contexto urbano, é nessa situação que a desigualdade fica maior, em prejuízo dos quilombolas.
Dentre as pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade em áreas urbanas, na Bahia, 13,7% não sabem ler nem escrever (20.719, em números absolutos). Essa taxa é 4,7 pontos percentuais maior do que a verificada para todos os habitantes de áreas urbanas no estado (9,0% não são alfabetizados).
Ainda assim, a taxa de analfabetismo entre os quilombolas urbanos na Bahia (13,7%) é significativamente menor do que a registrada para os quilombolas baianos em contexto rural. Destes, 22,6% (1 em cada 5) não sabem ler nem escrever (35.893, em números absolutos). O analfabetismo entre quilombolas em áreas rurais é, porém, um pouco menor do que para o total da população rural baiana de 15 anos ou mais de idade (24,5% não sabem ler nem escrever).
Na Bahia, quase metade dos domicílios quilombolas urbanos (47,5%) e 9 em cada 10 dos rurais não têm acesso adequado a saneamento básico:
Levando em consideração a caracterização adotada pelo Plano Nacional de Saneamento (PLANSAB) para atendimento ou déficit no acesso domiciliar ao saneamento básico, o Censo Demográfico mostra que, na Bahia, em 2022, quase metade dos domicílios quilombolas em áreas urbanas não tinham acesso adequado simultâneo aos três serviços: abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação do lixo.
Isso significa que, nas áreas urbanas do estado, 47,5% dos domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos uma pessoa quilombola (ou 37.537 residências, em números absolutos) ou não eram atendidos por abastecimento de água canalizada por rede geral, poço, fonte, nascente ou mina; e/ou tinham como destino do esgoto uma fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar ou outra forma; e/ou não eram servidos por coleta direta (porta a porta) nem indireta (por caçamba) de lixo.
No contexto urbano baiano, além de elevada, a proporção de domicílios quilombolas com alguma inadequação nos serviços de saneamento (47,5%) era quase o dobro da verificada para o total de domicílios: 25,4% deles (1 em cada 4) conviviam com alguma inadequação ou precariedade.
Nas áreas rurais, a ocorrência de inadequação no acesso ao saneamento básico era muito maior entre os domicílios quilombolas: 94,4% deles, ou 66.388 em número absolutos, conviviam com alguma precariedade no abastecimento de água, esgotamento sanitário ou coleta de lixo. Entretanto, a situação era bem próxima à verificada para todos os domicílios rurais do estado, dos quais 93,4% tinam alguma inadequação nos três serviços de saneamento.
Outras informações estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.
Fonte: IBGE





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