Apesar de o volume atual ainda ser preocupante, houve uma redução de aproximadamente 40,74% em relação ao ano anterior. Ao longo de 2024 inteiro, o total de chamados falsos registrados chegou a 8.228. Os dados foram apurados pela jornalista Rafaela Rodrigues.
Entre janeiro e 15 de abril de 2025, o Centro Integrado de Comunicações da Polícia Militar (CICOM) na região sisaleira da Bahia registrou 2.337 trotes, uma redução de 40,74% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 3.944 ligações falsas.
Apesar de o volume atual ainda ser preocupante, houve uma redução de aproximadamente 40,74% em relação ao ano anterior. Ao longo de 2024 inteiro, o total de chamados falsos registrados chegou a 8.228. Os dados foram apurados pela jornalista Rafaela Rodrigues.
Em entrevista ao Portal Raízes, o coordenador do CICOM, Major Paulo Frois, explicou como esse tipo de ocorrência compromete o desempenho dos profissionais de segurança pública: “São duas situações principais: no momento do atendimento da chamada, a linha de emergência é ocupada por uma ligação desnecessária, impedindo o registro de uma demanda real. E quando uma viatura é acionada pela central, os recursos do Estado são mobilizados inutilmente, deixando os policiais e o veículo indisponíveis para outras ocorrências que realmente demandariam atenção”, afirmou Frois.
Do crime à inadvertência infantil
Segundo Frois, os trotes variam de falsos relatos de acidentes graves e ofensas a ligações com risos ou crianças que, com acesso liberado a celulares, acionam serviços de emergência acidentalmente – muitas vezes por teclas pré-programadas, como o botão lateral ou o número 1 em alguns dispositivos. “Analisamos o tom da voz, sons de fundo e detalhes da ocorrência para identificar chamadas falsas”, detalhou o major.
A prática, porém, não é inofensiva: configurada como crime pelo Artigo 266 do Código Penal, pode render de um a seis meses de detenção. Frois reforçou o impacto social da mobilização desnecessária de recursos. “Enquanto uma viatura responde a um trote, outra família pode estar em perigo real”.
O militar disse que os agentes conseguem identificar possíveis ligações falsas: “Buscamos prestar atenção ao tom de voz, aos sons de fundo — como risadas e conversas —, além dos detalhes relatados e do local informado”, afirmou o coordenador
Frois ressalta que realizar chamadas falsas para números de emergência não se trata de uma simples brincadeira. De acordo com o artigo 266 do Código Penal Brasileiro, essa conduta é considerada crime, com pena que pode variar de um a seis meses de detenção.
Apelo à conscientização
O coordenador fez um apelo direto à população: “Brincadeiras não devem ser feitas com números de emergência – sejam eles como 190( Polícia Militar), 192(SAMU) ou 193( Corpo de Bombeiros). Aos pais, pedimos que estejam atentos e instruam seus filhos sobre a importância desses serviços. Estamos aqui para salvar vidas”.
A reportagem do Portal Raízes reforça: ligar para emergências sem necessidade é crime e coloca vidas em risco. Denúncias podem ser feitas via canais oficiais da PM-BA.















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