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domingo, 6 de março de 2022

OMS afirma que ataques em hospitais deixam mortos e feridos na Ucrânia

Diante da troca de acusações sobre um cessar-fogo para permitir a evacuação de civis, a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou neste domingo (6) que ataques a hospitais foram realizados na Ucrânia.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que as ofensivas militares aos centros de saúde “causaram várias mortes e feridos”. A entidade ainda afirmou que investiga outros ataques a hospitais na região.

“Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, pontuou o diretor-geral da OMS.

Em seu post nas redes sociais, no entanto, Tedros não mencionou nominalmente a Rússia, que realiza uma invasão à Ucrânia há 11 dias.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que é o garantidor da evacuação de civis com o cessar-fogo da Rússia contra a Ucrânia, informou que a retirada de pessoas Mariupol e Volnovakha, ambas na Ucrânia, não começou no sábado (5), como havia sido inicialmente anunciado, por causa do conflito.

Ucrânia acusa a Rússia de violar o cessar-fogo e anunciou o adiamento da retirada de civis de Mariupol .

O ministério da Defesa da Rússia anunciou durante a madrugada o cessar-fogo nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovakha para permitir a liberação de corredores humanitários para a fuga de civis. Mas, Pavlo Kyrylenko, governador da região de Donetsk, no leste ucraniano, publicou em seu perfil no Twitter às 12h45, no horário local, que a evacuação seria adiada.

“Devido ao fato de que os russos não observam o regime de silêncio e continuam bombardeando Mariupol e seus arredores, por razões de segurança, a evacuação da população foi adiada”, disse.

Já o Ministério da Defesa da Rússia alega que “forças russas foram atacadas depois de estabelecer os corredores humanitários” e acusou “nacionalistas ucranianos” de impedir a retirada de civis.

Início do cessar-fogo
De acordo com o governo russo, a interrupção dos ataques e bombardeios teve início às 10h no horário de Moscou (4h pelo horário de Brasília), e servirá para que civis fujam da Ucrânia com segurança.

Este é, até o momento, o primeiro cessar-fogo feito pelo exército da Rússia desde que as tropas do país começaram a invasão à Ucrânia, no dia 24 de fevereiro.

Em comunicado, o ministério de Defesa russo afirmou que os “corredores humanitários e rotas de saída foram acordados com o lado ucraniano”. Mykhailo Podoliak, chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que os corredores de evacuação estão sendo preparados em regiões do país.

Autoridades da cidade disseram que os dois lados concordaram que os ucranianos teriam cinco horas para cruzarem os corredores humanitários enquanto os disparos estiverem interrompidos.

Na última quinta-feira (3), em um encontro para negociações entre os dois países, representantes da Ucrânia e da Rússia já haviam concordado com os corredores humanitários — locais que não seriam alvos de ataques russos e serviriam para a passagem de refugiados e recursos.

EUA e Polônia avaliam fornecer caças para a Ucrânia
Caça norte-americano F-35 / Harald Tittel/picture alliance via Getty Images
Os Estados Unidos e a Polônia estão avaliando a possibilidade de a Polônia fornecer caças para a Ucrânia. A informação foi divulgada por um porta-voz da Casa Branca.

A confirmação ocorre em meio aos pedidos feitos pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para que os demais países do Leste Europeu enviem aviões de combate para seu país.

O porta-voz disse que enviar caças para a Ucrânia é uma “decisão soberana para qualquer país” e observou que há uma série de questões logística a ser considerada, incluindo como a aeronave seria transportada da Polônia para a Ucrânia.

Visa e Mastercard suspendem operações na Rússia
Medidas foram anunciadas pelas empresas Visa e Mastercard como retaliação à invasão russa na Ucrânia / Marcello Casal Jr/Agência Brasil
As operadoras de cartões norte-americanas 
Visa e Mastercard anunciaram que estão suspendendo as transações com cartões de suas bandeiras na Rússia, em resposta à invasão militar do país à Ucrânia.

No caso da Visa, pagamentos com cartões de sua bandeira emitidos na Rússia não irão mais funcionar fora do país, enquanto cartões Visa emitidos em outros países não irão ser aceitos dentro da rede russa. O fim das operações deve estar concluído nos próximos dias.

Para a bandeira da Mastercard, cartões emitidos por bancos russos não serão mais aceitos na rede da companhia e os cartões emitidos em outros lugares também não serão aceitos nos estabelecimentos e caixas eletrônicos da Rússia, informou a empresa em comunicado divulgado neste sábado.

O chefe da Administração Estatal Regional de Kiev, Oleksiy Kuleba, disse que uma cidade a noroeste da capital está quase completamente destruída.

“Não há água e eletricidade lá. Não há Borodyanka, que está quase completamente destruída. O centro da cidade é simplesmente horrível. Borodyanka está sob a influência das tropas russas; eles controlam este lugar”, disse Kuleba.

Após um ataque com mísseis em um grande bloco de apartamentos em Borodyanka em 2 de março, o Serviço de Emergência do Estado Ucraniano disse à CNN, na sexta-feira (4), que as pessoas ainda podem estar presas nos destroços do prédio.

Cidade de Mariupol está sem água e energia, diz prefeito
Vista aérea de prédio destruído por disparos de artilharia em Borodyanka, na região de Kiev/ 03/03/2022 REUTERS/Maksim Levin
Em uma entrevista a um canal do YouTube neste sábado (5), o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, afirmou que a cidade está sem energia, água e suprimentos médicos. Disse ainda que as equipes locais estão sendo impedidas de resgatar os corpos das pessoas mortas após os ataques das forças russas.

A cidade de Mariupol fica localizada ao leste da Ucrânia e a poucos quilômetros da fronteira com a Rússia.

Segundo Boichenko, a cidade, que tem uma população de quase 400 mil habitantes, está sem energia há cinco dias. “Todas as nossas subestações térmicas contam com essa fonte de alimentação e, portanto, estamos sem aquecimento”, disse ele.

“[O exército russo] está trabalhando para sitiar a cidade e estabelecer um bloqueio”, disse ele. Eles querem nos cortar do corredor humanitário, fechando a entrega de bens essenciais, suprimentos médicos e até comida para bebês. O objetivo deles é sufocar a cidade e colocá-la sob um estresse insuportável”, avalia.

Sem armas para resistir
O prefeito da cidade ucraniana Kherson, Ihor Kolykhaiev, disse à CNN que “não tem mais armas para resistir” às forças russas que cercaram a região. “O povo de Kherson está desarmado. Não temos mais armas para resistir, para resistir armada”, acrescentou.

“Não temos exército na cidade. O exército foi derrotado. O exército ucraniano teve que recuar, então não há armas. Eles recuaram em direção a Nikolaev”, continuou ele.

Kolykhaiev disse que as tropas russas permanecerão no controle de Kherson, a menos que e “até que o exército ucraniano possa avançar sobre a cidade”, acrescentando que as forças russas “estão bem estabelecidas aqui”. “As tropas russas estão por toda parte”, afirma.

“Declaração de guerra”
Presidente Vladimir Putin durante pronunciamento em Moscou / 21/02/2022 Sputnik/Alexey Nikolsky/Kremlin via REUTERS
O presidente Vladimir Putin também se manifestou neste sábado, dizendo que as sanções aplicadas por países ocidentais contra a Rússia são 
semelhantes a uma “declaração de guerra” e alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito. O líder russo reafirmou que objetivos na Ucrânia são defender as comunidades de língua russa através da “desmilitarização e desnazificação” do país para que se torne neutro.

Enquanto isso, Rússia e Ucrânia devem realizar uma terceira rodada de negociações na segunda-feira (7) sobre o fim de bombardeios contra o vizinho russo, disse o negociador ucraniano David Arakhamiya em um post no Facebook, sem fornecer mais detalhes. A Rússia ainda não se manifestou sobre a nova data.

Corrida por salvação
Equipes e voluntários correm contra o tempo para conseguir retirar os moradores das duas cidades. A situação nas cidades é “assustadora”, disse uma voluntária à CNN. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que o número de refugiados ucranianos pode chegar a 1,5 milhão neste fim de semana.

De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), mais de 1,2 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia fugindo do conflito. A maior parte cruzou a fronteira para a Polônia.

Zelensky critica Otan
Em uma publicação nas redes sociais na sexta-feira (4), o presidente da Ucrânia, Zelensky, condenou a decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de descartar a implementação de uma zona de exclusão aérea sobre o país. “A Otan decidiu deliberadamente não cobrir os céus da Ucrânia”, disse.
“Acreditamos que os países da Otan criaram uma narrativa de que fechar os céus sobre a Ucrânia provocaria a agressão direta da Rússia contra a Otan. Essa é uma auto-hipnose de quem é fraco, inseguro por dentro, apesar de possuir armas muitas vezes mais fortes do que nós temos”, continuou.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que atender ao pedido poderia significar uma guerra de direitos na Europa.

Fonte: CNN

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