Decisão também suspende direitos políticos da gestora por seis anos; processo se refere ao período em que ela foi secretária de saúde na gestão do ex-prefeito e marido, Ranulfo Gomes entre 2011-2015
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| Foto: Raimundo Mascarenhas |
Esquema teria beneficiado empresa ligada ao ex-prefeito Ranulfo Gomes
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| Foto: Arquivo Raimundo Mascarenhas |
Os contratos fraudados envolviam recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Municipal de Saúde, totalizando mais de R$ 8 milhões em pagamentos durante o período investigado.
Vilma teria autorizado despesas e contratos irregulares
Na época dos fatos, Vilma Gomes exercia o cargo de secretária municipal de saúde e era gestora do Fundo Municipal de Saúde. Segundo o juiz, ela assinou contratos e solicitou despesas com a empresa do marido, contribuindo de forma direta para o esquema.
“É inegável o conhecimento e o protagonismo da então secretária no esquema que favoreceu economicamente o gestor municipal”, escreveu o magistrado na sentença.
A Justiça Federal entendeu que houve ato doloso de improbidade administrativa, com dano ao erário e violação aos princípios da administração pública.
Penas aplicadas
A decisão impôs a perda imediata do mandato de prefeita, a suspensão dos direitos políticos por seis anos e a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais pelo mesmo período.
Vilma também foi condenada a ressarcir, de forma solidária, os prejuízos causados aos cofres públicos, em valor a ser definido na fase de liquidação da sentença.
O ex-prefeito Ranulfo Gomes, apontado como o principal articulador do esquema, recebeu pena mais severa: suspensão dos direitos políticos por 14 anos, perda de bens obtidos de forma ilícita e proibição de exercer função pública. Outros envolvidos também foram condenados, enquanto Valdirene Rosa de Oliveira e Marcelo Felipe Souza Taveira foram absolvidos.
Decisão ainda cabe recurso
A sentença não é definitiva. A defesa da prefeita poderá recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, buscando reverter ou suspender os efeitos da decisão até o julgamento final.
Somente após o trânsito em julgado — quando não houver mais possibilidade de recurso — será comunicado o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e a Prefeitura de Cansanção para cumprimento da perda de mandato.
Para ler a decisão judicial na íntegra cliquei aqui - Sentença
Do Calila Notícias / CN















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