Um homem de 31 anos, do município de Sertãozinho (SP), que está em Feira
de Santana há trabalho desde o dia 18 de fevereiro, foi diagnosticado
com covid-19, porém a Secretaria de Saúde do Município não o reconhece
como um caso da cidade (Veja aqui).
O paciente, por sua vez, afirmou ao Acorda Cidade que começou a sentir
os sintomas em Feira de Santana e fez um desabafo sobre o atendimento
que teve. Ouça o relato em áudio
“No dia 20 eu comecei a me sentir não tão bem, comecei a ter alguns
sintomas e não procurei um médico de imediato porque eu já estava perto
de ir para casa então achei que dava para aguentar. Eu não relacionei em
nenhum momento com a Covid-19, mas no domingo começou a dar uma
piorada. No sábado, dia 21, começaram os sintomas com coriza, calafrios e
suar muito, ai na segunda começou a dor no peito, uma dor muito forte,
com dificuldade para respirar. Pela tarde aumentou, foi quando eu
procurei um médico na unidade próximo ao Clériston e o médico já me
colocou em isolamento. Seguiu todos os protocolos e o médico mandou eu
voltar para o hotel, que o pessoal da vigilância iria manter o contato e
coletar o material fazer o exame. Ai da terça-feira, o pessoal veio na
quinta-feira coletar o material. O resultado saiu agora testando
positivo para Covid-19. Estou tendo contato com o pessoal da vigilância e
por duas vezes tive que voltar para a UPA porque eu estava sentindo
muita dor e dificuldade para respirar. Ontem, depois que foi confirmado,
fui na policlínica da Queimadinha e entrei em contato com o pessoal da
vigilância. Eles mandaram o Samu vir me buscar, era por volta das 11h20,
me levaram para a policlínica, fiz gasometria e fiquei aguardando a
tomografia. Eles foram levar o almoço 15h30, um almoço totalmente com
desvio de uma pessoa que está doente. Fiquei aguardando quando foi 17h
pouco me levaram para o Hospital Clériston Andrade para fazer a
tomografia, depois me levaram de volta para a policlínica. A médica
infectologia foi lá me ver e disse que meu exame de tomografia deu
normal e queria me dá alta”, disse o paciente ao Acorda Cidade.