O negócio caminhava bem, já existia há mais de dez anos, o que passou confiança em muitas outras pessoas
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| Foto: Ilustrativa |
Segundo informações do site Portal Raízes, o suspeito, de 53 anos, identificado pelas iniciais W.S teria lesado cerca de 300 investidores, cujos prejuízos somados, supostamente ultrapassariam R$ 65 milhões. De acordo com relatos, o homem captava recursos prometendo rendimentos mensais de aproximadamente 5%.
“Nos últimos cinco meses, as pessoas que aplicaram valores não receberam nem o lucro prometido, nem o capital investido. Muitos venderam bens para aplicar, confiando no retorno, mas agora não têm perspectiva de reaver o dinheiro”, contou uma das vítimas, que pediu para não ser identificada.
Entre os prejudicados estariam policiais, delegados e empresários conhecidos na região. A confiança no suposto investidor vinha do fato de ele atuar nesse modelo há mais de 12 anos, sem, até então, atrasar pagamentos.
Ainda conforme apuração, o suspeito enviou um áudio aos clientes informando que havia deixado Conceição do Coité, sem revelar o destino. Desde então, não atende ligações nem responde mensagens. – As supostas vítimas começaram a registrar boletins de ocorrência na Delegacia Territorial de Conceição do Coité na quarta-feira (13), a fim de exigir esclarecimentos e buscar medidas para tentar reaver os valores. “São anos de trabalho e economia para uma pessoa fazer algo assim”, lamentou outra vítima.
Valor do prejuízo pode chegar a R$ 100 milhões, diz outra vítima do suposto golpe
Nesta quinta-feira, um cidadão que está entre as vítimas entrou em contato com o Calila Notícias e detalhou novos pontos dessa história.
Assim como os entrevistados pelo Portal Raízes, este cidadão preferiu não se identificar. Ele contou que, há cerca de duas semanas, ao perceber que a situação não estava andando bem, reuniu-se com o investidor. Na ocasião, o suspeito teria alegado ter perdido metade do capital. Ele e outras pessoas presentes pediram que o homem provasse que ainda possuía a outra metade.
“Quando a gente pediu que ele provasse que tinha essa outra metade, simplesmente ele sumiu. Não foi para outra reunião, não atendia o telefone e, no dia seguinte, tomamos conhecimento de que ele tinha saído de Coité”, relatou.
Ainda segundo a vítima, ele investiu durante dois anos e quatro meses. Nos dois anos, foi um período em que os pagamentos ocorriam regularmente. “Durante dois anos aconteceu tudo certinho, com rentabilidade média de 4%, 4,5%, chegando até 5% ao mês. A partir de março deste ano, ele parou de pagar tudo e justificou com problemas no site congestionado, declaração de Imposto de Renda… Mandou um documento da Receita Federal para a gente, falsificado, e temos 99% de certeza disso por não estar autenticado. Ele dizia que o problema com a Receita estava solucionado e que em 30 dias faria o pagamento, mas isso não aconteceu. Pedi meu capital, que em contrato deveria ser devolvido no prazo de 30 dias. Esperei e também não recebi”, afirmou.
O cidadão informou que aplicou R$ 2 milhões e que tem um grupo de amigos que, juntos, investiram cerca de R$ 10 milhões. “A gente estima que os valores somados, atualizados, cheguem a R$ 100 milhões, em aplicações variadas”, completou.
Suspeito se pronuncia
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| Foto: Ilustrativa |
Em contrapartida, três denunciantes ouvidos pela reportagem relataram que o suspeito vem utilizando esse mesmo discurso e promessa há meses, sem apresentar resultados concretos. “Tem gente que ele não paga desde fevereiro e a maioria escuta sempre a mesma história de que existe um cronograma, mas nada é resolvido e o dinheiro investido não é devolvido”, disse um dos entrevistados.
Questionado diretamente sobre a origem dos valores e a demora na devolução, W.S. respondeu de forma breve: “Não fugir e não roubei ninguém. Venho respondendo a todos os clientes.”
Apesar dessa afirmação, áudios atribuídos ao próprio suspeito e que circulam nas redes sociais indicam que o escritório que ele mantinha no centro da cidade foi fechado. Além disso, ele e familiares teriam deixado Conceição do Coité alegando estarem recebendo supostas ameaças.
No conteúdo das mensagens de voz, o homem afirma que sua saída do município teria ocorrido por recomendação médica, devido a questões de saúde.
Ele alega ainda que não houve roubo ou golpe e que está trabalhando para resolver todos os pagamentos: “Sei que todos estão chateados e apreensivos, e têm toda razão. Acredito que este áudio vá viralizar como mais uma promessa não cumprida, mas peço paciência, compreensão e perdão pelos transtornos que causamos”, declarou W.S. em um dos áudios.
Por fim, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação. O suposto crime é classificado como estelionato, cuja apuração depende de representação formal das vítimas na Delegacia.















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