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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Nova contagem reduz a 18 o número de mortos em naufrágio na Bahia

Por volta das 16h, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) fez uma nova contagem, confirmando 18 vítimas fatais.
Foto: Luís Paulo / Arquivo Pessoal
O naufrágio da lancha Cavalo Marinho I deixou 18 mortos na manhã desta quinta-feira (24) na localidade de Mar Grande, município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. A Marinha chegou a informar que 22 pessoas haviam sido resgatados sem vida. A Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) ainda chegou a confirmar uma 23ª vítima - uma criança que morreu ao chegar no Terminal Marítimo, na capital, após equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentarem reanimá-la. No entanto, por volta das 16h, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) fez uma nova contagem, confirmando 18 vítimas fatais.

No final da manhã, o tenente Fernando Araújo, da Marinha, chegou a informar que haviam sido resgatados 17 corpos em Mar Grande, além de cinco em Salvador. Ele também dava conta que 133 pessoas viajavam na embarcação, sendo 129 passageiros e 4 tripulantes. A embarcação da Associação de Transportadores Maritímos da Bahia (Astramab), que tem capacidade para transportar 162 passageiros, virou pouco depois de sair do terminal de Mar Grande.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) também informou, mais cedo, que 70 pessoas resgatadas foram levadas para a UPA de Mar Grande e outras 15 foram conduzidas para o Hospital Geral de Itaparica. Destas, duas foram levadas para o Hospital do Subúrbio e uma para o Hospital Geral do Estado, em Salvador. O estado de saúde das vítimas ainda não havia sido informado. Outras 34 pessoas foram atendidas ainda no Terminal Marítimo, no Comércio.

Ele conta que perdeu a carteira com todos os documentos no acidente e ainda se feriu. "Machuquei a perna e o braço. Mas foi irresponsabilidade da empresa e falta fiscalização. Há duas empresas e elas não são unidas", apontou.

Pescadores e moradores auxiliaram no resgate levando as vítimas para a areia da praia. Moradores de Mar Grande foram para o pier assim que souberam do acidente. Embarcações particulares tentaram se aproximar do local do naufrágio para ajudar a socorrer as vítimas.

"Quando eu percebi que tinha virado, eu já estava embaixo da água, tentando respirar, e não conseguia. Eu pedi tanto a Deus que eu suspendi a cabeça e tive a respiração. As madeiras começaram a quebrar. O barco começou a desmanchar", contou, emocionada, a faxineira Morenita Santana, 35.
 
Resgate
Cinco lanchas, quatro navios da Marinha, com mergulhadores, e 130 militares participam do trabalho de resgate. Três navios da Base Naval de Aratu e três lanchas da Capitania dos Portos foram deslocadas para o local do naufrágio para auxiliar nas buscas.

"Nós recebemos um chamado de emergência via rádio por volta das 8h e, em seguida, mandamos três embarcações de resgate, imediatamente. Três navios da base com médico a bordo e todo aparato para dar socorro está a caminho. Também acionamos outros órgãos como o Graer, Samu e Bombeiros", disse o capitão-tenente da Marinha, Fernando Jeann Tôrres Araújo.
 
Sobreviventes
Os sobreviventes do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I começaram a chegar em Salvador por volta das 9h30. Ao desembarcar no Terminal Marítimo, as vítimas foram colocadas dentro de ambulâncias do Samu. No local, tinha três ambulâncias do Samu e uma do Corpo de Bombeiros.

Um bebê de um ano, que havia sido resgatado do naufrágio, não resistiu e morreu por volta das 11h. Equipes do Samu tentaram reanimar a criança, que já chegou ao terminal sem os sinais vitais.

No Terminal Marítimo de Salvador a comoção era grande. Familiares e amigos foram ao local para acompanhar a chegada dos sobreviventes. Muitas pessoas choraram ao reencontrar os parentes.

Quem também estava na lancha no momento do acidente foi o produtor musical, Mateus Alves Ramos, 23. Ele pegou a lancha de 6h30. Seu pai, Marival Ramos, pegou a de 6h. Assim que soube do acidente, Marival foi para o terminal marítimo da capital, para onde os sobreviventes estão sendo levados.
 
Lancha estava regular
A lancha Cavalo Marinho I estava regular e com a vistoria em dia, de acordo com a Astramab. Ao Correio, o presidente da entidade, Jacinto Chagas, informou que a lancha não estava lotada. "A embarcação estava abaixo da capacidade, e comporta 162 pessoas. Estava totalmente em dia", disse Chagas.

Questionado sobre as causas do acidente, Jacinto informou que isso ainda não foi apurado. "Estamos em operação de resgate. Não sabemos as possíveis causas. É a Capitania dos Portos que vai apurar. No momento, não temos dados concretos. Estamos com médicos, psicólogos e uma equipe no terminal para dar apoio às famílias e amenizar um pouco", completou.

Fonte: Correio24horas

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