Irmã do acusado de agredir idoso em Riachão, diz que rapaz sofre de problemas mentais

Após repercussão da notícia em que vítimas relatam terem sofrido agressões e ameaças por um homem identificado por Ramon de Jesus Carvalho, 28 anos, uma irmã do acusado entrou em contato com a nossa redação para contar a versão da família. 

De acordo com Ana Cláudia, o irmão sofre de problemas psíquicos, porém não tem um diagnóstico concreto. “Ramon era uma pessoa normal até os 16 anos, depois ele teve um surto e fugiu de casa, saiu andando e passou mais de um ano desaparecido, pensamos até que estaria morto”, conta.    

Cláudia relatou, que toda família vem sofrendo com o problema. “Ninguém tem paz, nós não estamos mais dormindo. Ele já ateou fogo na casa da mãe no Ranchinho, já tentou agredir pessoas da família, e nós já tentamos de tudo para ajudar, mas é muito difícil”. Ramon tem sido acompanhado pelos profissionais do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), o que para ela não está resolvendo.   

Segundo ela, o irmão toma sete tipos de medicamentos controlados e que mesmo assim não resolve, ‘já foi preciso tomar três injeções em só dia para acalma-lo’. A família já procurou o Ministério Público (MP) para tentar um internamento, mas de acordo com o promotor local, isso só é permitido se o paciente quiser ser internado.    

Na (foto ao lado) enviada pela irmã, é possível visualizar as feridas nos braços provocadas pelas cordas e correntes usadas pelos familiares para conter o rapaz. “Mesmo assim ele consegue se soltar e ir para rua”, relata.    

A irmã disse que já não sabe mais o que fazer, ela não nega os atos de violência do irmão, porém ressalta que a família não tem culpa e que vem tem tentando de alguma forma conter as agressões. Se vendo sem solução, os irmãos e a mãe já pensam na construção de um quarto com grade para trancar o rapaz, e assim evitar que o mesmo saia agredindo e ameaçando as pessoas nas ruas.    

Ainda em conversa com a nossa reportagem, Ana Cláudia falou sobre os áudios e postagens em grupos de aplicativos de mensagens, com julgamentos e xingamentos contra o irmão. “Eu sei que ele não é nenhum Santo, as pessoas estão no direito de reclamarem, mas se colocam do lugar da família?”.    

Ela faz um apelo, para que as autoridades possam ajudar conseguir um internamento para o irmão.    

Do Jacuípe News