Segunda onda: feirenses reclamam de aglomerações no centro da cidade e transporte público

Como acontece todos os anos, o comércio de Feira de Santana registra grande movimentação da população em compras para fim de ano. Por conta da pandemia da covid-19, algumas medidas foram aplicadas contra a transmissão do vírus como obrigatoriedade de uso de máscara e disponibilização de álcool em gel nos estabelecimentos, mas não tem sido possível para parte da população, evitar a aglomeração nos ônibus. Além disso, diversas lojas também estavam cheias, impossibilitando o distanciamento social.

A comerciante Tatiana dos Santos relatou que muitas pessoas não estão respeitando as recomendações e destacou que diversas lojas do centro comercial, relaxaram no cumprimento dos protocolos.

"No trajeto que faço para vir trabalhar vejo muitas pessoas sem máscara, vans com a capacidade ultrapassada, eu que sou hipertensa e corro risco fico muito preocupada e faço minha parte. Algumas lojas não estão mais cumprindo os protocolos como o uso do álcool na entrada, aferição da temperatura, eu moro com meus pais que são idosos e tenho um grande receio de pegar o vírus e passar para eles", explicou.

Assim como centro da cidade, usuários do transporte público também reclamam da aglomeração dentro dos veículos. De acordo com Laercio Santos, muitos passageiros ficam em pé muitos próximos uns aos outros.

"Deveria fazer uma melhoria para o transporte coletivo, está existindo muita aglomeração, as pessoas ficam uma em cima da outra em pé, o que se torna perigoso. É preocupante porque os casos estão aumentando cada vez mais e a realidade dos fatos são esses", finalizou.

Para Antônio Carlos, que utiliza a Avenida Fraga Maia para fazer caminhada, a segunda onda da covid-19 foi motivada pelas aglomerações das eleições. Ele disse que sai de casa apenas para caminhar com o intuito de evitar locais com aglomerações.

"Estamos vendo o retorno de mais 20 dias atrás em virtude das aglomerações que aconteceram nas eleições. Infelizmente estamos vendo a realidade e ficamos com medo, eu saio apenas para caminhar, retorno para casa e evito sair para onde possa ter aglomerações", finalizou.

Bares e restaurantes

Apesar da preocupação com relação a falta de distanciamento social, principalmente no transporte coletivo, bares e restaurantes estavam sempre cheios. Como nova medida de restrição, a prefeitura reduziu o horário de funcionamento para até as 21h, e destacou a obrigatoriedade de seguir os protocolos de funcionamento (relembre aqui).

Gabriel Gonçalves / informações do repórter Paulo José / Acorda Cidade