Professor ichuense cria cordel em homenagem ao Jacuipense

ESPORTE CLUBE JACUIPENSE, O LEÃO DO SISAL

Autor: João Pedro Oliveira

Sou amante do futebol, 

mais um entre tanta gente, 

porque com chuva ou com sol 

é o esporte mais atraente. 

Sou filho da “Terra do Mel” 

e quero aqui neste cordel 

louvar ao Esporte Jacuipense.

É um clube glorioso

o grande Leão do Sisal.

Um representante brioso

do futebol estadual.

Com seu feito, acredite,

pôs o Riachão do Jacuipe

no cenário Nacional. 

Fundado em 21 de abril

do ano de sessenta e cinco.

Em oitenta e nove conseguiu

um título com muito afinco:

Campeão baiano do Acesso

e disputar com sucesso

o Baianão no ano seguinte.

Tinha o Roberto Basilio,

um negro alto e magrinho.

Era um treinador de brilho

o nosso popular Merrinho.

Em noventa e um foi gigante,

fez uma campanha brilhante

ganhou de todos o carinho. 

Tinha o conterrâneo Alberto,

o Carlos, um goleiraço,

o velho Edinho jogando certo

junto com os dois zagueiraços.

“Com o Dão, não tinha perdão,

era a bola no cordão”!

Era só partir pra o abraço.

O Bahia estava invicto,

trinta jogos sem perder.

Mas o Jacuipense convicto,

que podia o jogo vencer,

fez um marco incomun:

enfiou-lhe três a um,

fez o Riachão ferver. 

O Bahia caiu em si.

Viu que não era sua praia.

O estádio inteiro a aplaudir.

A torcida foi pra a gandaia.

Um torcedor perdeu uma aposta,

botou agua com uma carroça

nas casas, vestido de saia.

Um desacerto por sua vez,

fez manchar sua trajetória:

Rebaixou-se em noventa e três.

Ficou maculada a sua história.

Retornou em noventa e seis,

foi rebaixado outra vez,

mas foi em busca da glória. 

Em dois mil e catorze subiu

à primeira divisão.

No outro ano conseguiu

ser o quarto no Baianão.

Esse feito fez com que

disputasse a Serie D,

seu primeiro Brasileirão.

Diante do Confiança,

não conseguiu seguir em frente.

A Série C era a esperança,

minha e de muita gente.

Mas conseguiu revelar

o Flávio e o Caíque Sá,

dois atletas jacuipenses. 

Um fato chamou a atenção,

não tinha como eu não citar.

O torcedor na ocasião

tinha o poder de opinar.

No “Total Choice” interagia

e pela Internet ele podia

o seu time escalar.

Em dois mil e quinze esteve lá

jogando a Copa do Brasil.

Eliminar o Paraná

em Curitiba conseguiu.

Mas pegou o Náutico na frente

e o nosso Jacuipense

simplesmente sucumbiu. 

Mas na Série D deste ano,

a equipe de Riachão

conseguiu ser soberano

jogando no Valfredão.

Só não venceu contra o Manaus.

Empatou na semifinal

para a nossa frustração.

No jogo dessa ocasião

teve um lance incomum.

Na área, houve uma infração,

o placar estava um a um.

Mas o Negueba escorregou,

acabou perdendo o gol

e machucando o seu bumbum 

Lá no Norte do País,

na cidade de Manaus,

o Leão não foi feliz

contra o time local.

O cansaço ficou expresso

e o time não teve sucesso.

Um a zero o placar final.

O time não foi Campeão.

nem sequer chegou à final.

Mas o povo do Riachão

é uma gratidão total.

No peito, a alegria se descerra

ao ver o nome de sua terra

No cenário nacional. 

Tem uma “molecada” na Jacupa

dos infantis aos juniores.

O Leão hoje se preocupa

com as divisões inferiores.

E o Athlético Paranaense

é parceiro do Jacuipense

na formação dos jogadores.

A garotada do Leão

Tem seu próprio alojamento.

O clube dá orientação

e material de treinamento.

Do sub 12 ao sub 20

todos recebem com requinte

Um perfeito atendimento. 

A força da Jacupa emana.

Está firme numa sequência.

E assim, o torcedor se inflama

ao sentir essa frequência.

Hoje, a Jacupa na Bahia

Ostenta com galhardia

lugar de terceira a potência.

Avante, Leão do Sisal!

Siga firme sua trajetória!

No cenário nacional

cubra de louros sua história.

Com orgulho, brio e emoção

dê ao povo de Riachão

Uma imensidão de glórias.

Ichu, 06 de agosto de 2019