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sábado, 23 de maio de 2020

Em nota, Sociedade Brasileira de Cardiologia diz não recomendar uso da cloroquina

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou nesta sexta-feira (22) um comunicado onde se mostrou contrária ao uso da cloroquina e hidroxicloroquina associada, ou não, a azitromicina para o tratamento da Covid-19. O órgão defende o posicionamento "enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego".
Ainda assim, a SBC fez uma orientação a pacientes que façam a opção pelo medicamento.

"No entanto, para os pacientes que optarem pela realização do tratamento, orienta que, desde que resguardada as condições sanitárias necessárias para minimizar o risco de contágio de profissionais de saúde e outros pacientes, que sejam realizados eletrocardiogramas a fim de avaliar a evolução do intervalo QT, de forma a subsidiar o médico quanto a pertinência de se persistir no tratamento", diz a nota.

Na última quinta-feira (21), o Ministério da Saúde publicou novas orientações e liberou o uso para todos os pacientes com o diagnóstico da doença. Nesta sexta, um estudo liderado pelo professor Mandeep Mehra, da Escola de Medicina de Harvard, indicou o aumento do risco de morte por arritmia pelo uso do medicamento (leia mais aqui).

Confira a nota completa:

O Ministério da Saúde, no âmbito de suas atribuições, publicou novas orientações para tratamento medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico de COVID-19, infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) não recomenda o uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina associada, ou não, a Azitromicina, enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego.

No entanto, para os pacientes que optarem pela realização do tratamento, orienta que, desde que resguardada as condições sanitárias necessárias para minimizar o risco de contágio de profissionais de saúde e outros pacientes, que sejam realizados eletrocardiogramas a fim de avaliar a evolução do intervalo QT, de forma a subsidiar o médico quanto a pertinência de se persistir no tratamento. Para tanto, a Telemedicina pode ser uma alternativa viável para suportar essa iniciativa.

Por fim, a SBC, com base em seus propósitos sociais estará sempre à disposição para contribuir com as autoridades sanitárias do país na adoção de políticas públicas de interesse da sociedade brasileira.

Do Bahia Notícias

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