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sábado, 5 de maio de 2012

Avançam negociações para utilização de subprodutos do sisal:

Foi comprovada a presença da substância lignina nos subprodutos do sisal, uma espécie de cola natural que serve para o processo de prensagem do material utilizado na construção de casas

Buscando expandir os usos da planta do sisal e concretizar projetos revolucionários através do uso da fibra, o secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, se reuniu, mais uma vez, nesta quarta-feira (2), com o representante da construtora alemã Apasolar, Bernhard Heming, o engenheiro agrônomo Paulo Guedes, o coordenador do Grupo Sisal da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Emerson Simões, e o superintendente de Atração de Investimentos da Seagri, Jairo Vaz, para avançar e ir muito além da utilização costumeira da planta. As conversas iniciaram-se a partir da edição passada da Fenagro, onde foi demonstrado interesse em desenvolver um projeto de casas populares ecologicamente corretas, utilizando como material principal a bucha do sisal.

Aproveitando o potencial da região sisaleira, a ideia é viabilizar a possibilidade de enviar a bucha para que na próxima Fenagro seja instalada a primeira casa premoldada de fibra de sisal do País. “A ideia é enviar a bucha de sisal prensada em dois contêineres para a França até o final do ano. Lá seriam feitas as paredes premoldadas para montar uma casa durante a Fenagro”, disse o secretário.

Em cada imóvel são utilizados de quatro a cinco toneladas da bucha. As plantas instaladas na França e Etiópia possuem capacidade para construir dez casas com 44 metros quadrados/dia, o que demandaria 40 a 50 toneladas da bucha por dia. Com o incentivo de casas a base de sisal, a intenção é que o governo estadual discuta com o Ministério das Cidades a possibilidade de utilização desse material nas casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.

De acordo com o coordenador do Grupo Sisal da Secti, Emerson Simões, foi comprovada a presença da substância lignina nos subprodutos do sisal, uma espécie de cola natural que serve para o processo de prensagem do material utilizado na construção das casas. “Em alta temperatura e pressão, e rica em lignina e celulose, a fibra do sisal torna-se uma massa compacta, ou seja, perfeita para produção de painéis”, explicou.

Desde o ano passado, a Secretária de Agricultura vem avançando em projetos para aproveitar 100% da planta, a exemplo da possível implantação de uma fábrica na região de Conceição de Coité para beneficiamento do produto. O projeto, já implantado em países da Europa, Ásia e África, com a utilização de palhas do trigo, será colocado em prática de forma pioneira no Brasil com o sisal. “A prioridade nesse momento é dar uma destinação a toda planta. Nós só utilizamos 4% da planta e é preciso avançar ainda mais”, destacou o secretário. Como resultado da visita, o empresário alemão retornará ao Brasil no final do mês para conhecer a região de Conceição de Coité, grande produtora na Bahia.

As criações que podem ser feitas a base da planta não param por aí. Na oportunidade, foi demonstrado interesse também na utilização do subproduto fibra como manufaturado da indústria automobilística. “A utilização de recursos naturais no setor automobilístico é uma prerrogativa dos mercados europeu e norte-americano. A tendência é que, no próximo ano, a participação de produtos naturais na fabricação de automóveis seja de até 25%. Dessa forma, pretendemos também importar o sisal baiano para produção de estofados e carrocerias de carros utilitários”, disse Bernhard Heming.

Ascom/Seagri - Extraído IB

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