TRANSLATE TO YOUR FAVORITE LANGUAGE - TRADUZA PARA SEU IDIOMA FAVORITO:

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Riachão: Após 15 dias, o assassinato do jovem "Chuchu" ainda assusta a cidade:

Leia a narração detalhada do sequestro criminoso feita por três testemunhas
imagePrima mostra foto com o jovem Chuchu no dia do sepultamento
O assassinato do jovem Lucas Henrique Carneiro, de 24 anos, em uma estrada vicinal de Conceição do Coité, ocorridos há 15 dias, ainda repercute e assusta os moradores do bairro Alto do Cruzeiro, em Riachão do Jacuípe, onde o mesmo foi sequestrado antes de morrer.

Nesta terça-feira (02), a nossa reportagem esteve no Alto do Cruzeiro para fazer um roteiro do crime, e colher detalhes sobre o que se passou antes e depois de o sequestro do jovem acontecer.

Os depoimentos foram dados por várias pessoas, que pediram para não serem identificadas. De acordo com os relatos, Lucas Henrique foi sequestrado por volta das 20h50, no coração do bairro, em frente à padaria do seu avô. “Ele acabava de chegar na moto do tio e desceu para comprar 50 pães, que era para a merenda da noite. Ele estava no trabalho de fiscalização de compra de voto, e veio buscar o lanche da turma que ele fazia parte”, disse um tio da vítima.

De acordo com as informações, dois carros participam da operação criminosa: um Corsa Sedam e um Fiat Palio, ambos de cor preta. Havia oito pessoas, sendo quatro em cada carro. “Dois estavam encapuzados e praticamente todos desceram dos carros. Um carro ficou com a frente para o lado do rio e o outro para o lado de cá”, disse a testemunha, apontando a Rua Barão do Rio Branco.

“Pelo jeito de segurar as armas (tinha a 12), e a forma como falavam com as pessoas, parecia ser gente com muita experiência. Aquilo não era um qualquer, era da milícia, gente que sabe conduzir essa situação”, disse um morador do Alto do Cruzeiro. “Quando eles saíram foi levando tudo na frente, e quase viram o carro”, acrescentou a testemunha.

Segundo as informações, no momento da ação, não havia nenhuma viatura da policia na cidade. Uma estava em Chapada e a outra no povoado de Almas, na divisa com Conceição do Coité.

Os detalhes do sequestro

Adiante, leia as perguntas formuladas a algumas pessoas que presenciaram as cenas do sequestro de Lucas Henrique, respondidas tranquilamente, sem o clima da emoção após o crime:   

Pergunta: Quando eles desceram dos veículos fizeram o quê?

Resposta: “Foram logo apontando as armas e mandando todo mundo virar as costas e encostar o rosto na parede. Eram armas muito pesadas, parecendo que iam enfrentar uma guerra. Era mais de 30 pessoas que eles obrigaram a virar as costas. Deram um chute em Nenenzinho (avô de Lucas) e ainda gritaram, dizendo que se virasse o rosto morria todo mundo”.
      
P: E como foi que eles pegaram Chuchu?

R: “Eles foram logo tirando ele da moto, inclusive com o capacete, algemando e jogando no banco traseiro do Corsa Sedan”.

P: Teve alguma reação de Chuchu ou das pessoas que eles forçaram encostar nas paredes?

R: “Reação, como? Nem tinha como acontecer isso. Eles estavam com armas pesadas que até agora me dá uma coisa aqui por dentro. Todo mundo aqui sente a mesma coisa. Se o crime tivesse sido aqui mesmo, acho que ninguém tinha saído de casa até hoje. Eles logo algemaram Chuchu, e os outros, Ave Maria... eram pais de família tomando chute e gritos”.

P: Eles chegaram de vez ou teve mais algum movimento antes?

R: Um dos carros passou aqui antes várias vezes, descia e subia. Parece que quando eles vieram tinha alguém aqui no Alto que avisou que Chuchu estava chegando. Uns 10 minutos antes também um carro com adesivo de uma candidata esteve aqui e depois saiu.

P: Como foi e por onde eles saíram com Chuchu?

R: O Corsa seguiu com Chuchu pela estrada do Angico e o Pálio desceu a rua (Barão do Rio Branco), mas logo voltou, seguindo direto pelo caminho do Vaqueirão, pelo Açude do Cedro. O Corsa foi na frente e parou, com a frente virada para Riachão, mas depois seguiu e se encontraram lá na frente. O Pálio passou direto porque não viu que o Corsa foi pela estrada do Angico.

P: Quando eles levaram Chuchu, o que foi que vocês pensaram?

R: Eu tinha certeza que era uma coisa complicada que ia acontecer, que tinha relação com o trabalho de fiscalização que ele vinha fazendo. Se fosse para fazer alguma coisa como eles vêm dizendo, era ali mesmo e não carregar para depois fazer o que fizeram.

P: E como foi ver um parente e amigo ser levado, vocês gritaram, foram pra cima, fizeram o quê?

R: Na hora ninguém fez nada, porque foi muito rápido e era muita arma. Mas logo que eles saíram nós telefonamos para a policia, que apareceu um aqui e começou a correr e procurar junto com outros policiais. Nós também fomos atrás, fomos até a barragem, e muita gente até amanheceu o dia procurando, mas não encontramos nada.

A execução

P: Que hora vocês souberam da morte?

R: Logo que o dia amanheceu, umas 7 e pouco da manhã.

P: Como o corpo foi localizado, alguém que passou na estrada viu ou foi a policia que achou?

R: Acho que foi informação de um morador. Eu não fui até o local, mas me informaram que o filho do dono da casa perto do lugar que mataram ele (Chuchu) informou que o pai havia dito que ouviu os gemidos dele na hora do crime.

P: Quem reconheceu o corpo?

R: Eu nem sei informar. Só sei que o rosto estava muito inchado e com muitos buracos das balas. O corpo foi identificado logo porque ele tinha uma tatuagem com o nome da mãe”.

P: Vocês acreditam que tinha gente daqui envolvida?

R: Claro que tinha. Os dois que estavam encapuzados deviam ser daqui, e os outros que estavam com a cara descoberta é porque ninguém conhecia e eles não ligaram.

P: Vocês acreditam que a Policia vai conseguir elucidar o crime?

Três parentes de Lucas Henrique deram as seguintes respostas:

“Eu não acredito”, disse o entrevistado.

“Eu acho que vai ser descoberto e quem fez isso vai ser preso. Logo que passar a politica isso vai ser descoberto. Soube, inclusive, que eles (a investigação) já tem quase todas as informações, mas só vão revelar depois”, disse outro parente.

“Eu acredito porque Deus é grande”, reforçou uma tia da vítima.

Outras informações

No mesmo dia do crime, durante o velório, nós conversamos com outro parente de Lucas Henrique Carneiro, que narrou mais detalhes sobre a execução do jovem.

“Dois caçadores me falaram que eles pararam o carro e abriram para matar o menino no Açude do Cedro, perto da chegada da estrada para Coité, mas que viram eles e logo empurraram o menino pra dentro do carro e arrastaram”, contou.

Uma outra pessoa de Riachão, que viajava para o povoado de Chapada, informou que viu quando os executores passaram com Lucas Henrique para Coité. “Eles passaram por mim em dois carros, e senti um movimento estranho”, disse a testemunha.     (Interior Da Bahia)

3 comentários:

  1. eu acho que se o crime acontecido fo sse por causa de fiscalizacao da compra de votos os homens tinhao matado nao so ele mais varios que estavao trabalhando junto com ele. no meu entender foi por causa de dividas de drogas

    ResponderExcluir
  2. Crueldadee, comoo fazeem umaa coisaas dessaas comoo um amigoo nossooo...

    ResponderExcluir
  3. Crueldadee, comoo fazeem umaa coisaas dessaas comoo um amigoo nossooo...

    ResponderExcluir

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.

Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.