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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Em sessão tensa, Lewandowski condena Roberto Jefferson por corrupção

Segundo o revisor, Jefferson admitiu ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema

Foto Divulgação
Em uma das sessões mais tensas do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o revisor do caso, Ricardo Lewandowski, condenou dois dos três réus ligados ao PTB. Lewandowski considerou culpados por corrupção passiva: o presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, e o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), mas os inocentou de lavagem de dinheiro. O revisor ainda absolveu o ex-primeiro-secretário do PTB Emerson Palmieri, provocando uma nova discussão com o relator do caso, Joaquim Barbosa.

Segundo o revisor, Jefferson admitiu ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema. “Tenho como comprovada a participação de Jefferson no recebimento indevido. O réu cometeu o crime de corrupção passiva”, disse o ministro. Em 2005, Jefferson disse que o PT, sob o comando do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia organizado um esquema de distribuição de recursos para compra de apoio no Congresso.
Acusado de não ter provado a acusação, além de ter recebido dinheiro, Jefferson teve o mandato cassado pela Câmara em 2005.  Lewandowski disse ainda que Jefferson, com a franqueza que o caracterizou, confessou em depoimento à polícia que recebeu dinheiro de Marcos Valério.
“Jefferson, diante de juiz federal, confirmou as mesmas alegações que fez na Polícia Federal. De forma um tanto quanto ressentida, Jefferson diz que essa relação, que era boa entre os partidos, passou a sofrer abalo porque dos 
R$ 20 milhões somente R$ 4 milhões foram repassados. Daí que veio a público e denunciou o esquema”.

Por conta da apresentação dos votos, Joaquim Barbosa e Lewandowski voltaram a discutir e trocar  acusações. O bate-boca provocou reação do ministro Marco Aurélio Mello, que acusou Barbosa de “insinuar” que Lewandowski falta com “transparência” ao não distribuir votos aos colegas. O desentendimento começou quando Barbosa cobrou de Lewandowski a distribuição de seu voto por escrito no início das sessões. Ele disse que isso deixaria o processo mais “transparente”.
“Gostaria de pedir, sinceramente ao revisor, se seria possível distribuir seu voto antes do início da sessão, como eu tenho feito, pois facilita o debate. Não temos condição de absorver absolutamente tudo”, disse. “Faço isso em nome da transparência”, completou.
O revisor reagiu e provocou Barbosa dizendo que seu voto está sendo feito aos poucos, por conta da forma fatiada de análise da denúncia como propôs o relator. Ele disse que é preciso estar presente em plenário para ouvir o voto. Com problemas no quadril, Barbosa deixa o plenário nas sessões para tratamento.
A cobrança de “transparência” irritou Marco Aurélio, que saiu em defesa do revisor. “Todos nós estamos atuando em público, com transparência.” Barbosa respondeu: “Eu não estou dizendo isso”. Marco Aurélio não se conteve e disse que Barbosa “insinuou” que havia falta de transparência.
Barbosa disse que a falta do voto faz com que ele tenha que apresentar complementos. “É exatamente por não ter e não poder acompanhar a íntegra do voto longo do relator que sou obrigado a fazer o complemento”, disse querendo começar sua réplica. O revisor ficou contrariado. “Eu estou votando. Vossa Excelência vai fazer uma réplica antes de eu concluir.”  Informações correio24horas.

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