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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Amélia Rodrigues: Projeto que usa produto inovador receberá doação de milionária:


imageProjeto receberá parte da arrecadação de leilão de joias
“Chegou a pedra, chegou o pó!”, grita Josias Amorim Souza pelas ruas do bairro Serra em Amélia Rodrigues, na Região Metropolitana de Feira de Santana.

Desde 2009, Josias distribui os produtos com mais 55 colegas pelas 8 mil casas da cidade. A comunidade já está viciada. “Pego na mão dele todo mês. Quando demora fico logo nervosa, querendo mais”, conta a dona de casa Maria Luiza de Santana, 59.


Mas, calma. Essa matéria não é para falar do tráfico de drogas. A pedra e o pó em questão são o biotablete e o granulado WT. Os produtos estão sendo usados experimentalmente na cidade baiana para reduzir a produção de resíduos descartados nas fossas sanitárias da cidade.

À base de bactérias ‘do bem’ os produtos têm a função de consumir as bactérias ruins, produzidas pelo descarte de dejetos. Na cidade não há rede de esgoto e os resíduos sanitários são descartados em fossas - caixas subterrâneas que acumulam os dejetos e, quando cheias, transbordam fazendo com que a água suja fique exposta na superfície.

Josias, agente comunitário de saúde, explica que a pastilha (colocada no ralo do chuveiro) e o pó (colocado no vaso sanitário), ao entrarem em contato com a água, vão limpando as bactérias até a fossa. “As bactérias boas vão comendo as bactérias ruins. Com isso, o fedor do esgoto some e as fossas não ficam tão cheias”, conta Josias.

Desenvolvido pela empresa de biotecnologia SuperBAC, o uso é experimental na Bahia, apesar de, segundo a empresa, já ter sido usado em indústrias no Sul do Brasil.

Benefícios
Graças ao projeto, Amélia Rodrigues será o único município brasileiro que receberá dinheiro de um milionário leilão promovido pela socialite gaúcha Lily Safra. Lily leiloará 70 joias de seu acervo  em maio e reverterá a verba para 20 instituições no mundo, entre elas o projeto Parceiros da Natureza, idealizado pela SuperBAC.

O prefeito Antônio Paim viu no projeto a possibilidade de tratar o esgoto. “Não temos rede de saneamento básico e os dejetos estão sendo descartados desde a fundação da cidade em fossas colocadas nos fundos das casas. Com esse projeto, estamos conseguindo limpar os dejetos antes de eles chegarem no solo”, diz.

Moradores
No início do projeto, houve desconfiança. “Mensalmente a empresa manda 8 mil  pastilha e frascos com o pó para distribuirmos. No início houve uma resistência das pessoas em saber que tipo de produto estava sendo usado, mas com os resultados positivos isso se tornou mais fácil”, explicou Ariane Costa, coordenadora da vigilância epidemiológica da cidade.
A agente comunitária Jaildes Barroso, 42, venceu o preconceito com o produto. “No começo a gente não entendia direito como funcionava , mas depois que fomos percebendo que o esgoto foi perdendo o fedor, passamos a confiar”, diz.

Mas, nem todas as casas estão usando os produtos. Em algumas ruas, há fétidos esgotos a céu aberto. “Não sei o que têm dentro desse negócio. Fico com medo e prefiro não usar”, pondera a dona de casa Ana Barros, que mora na rua da Tenda. O prefeito informou que há projeto  para uma rede de esgotamento sanitário. Informações e foto do Correio.

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