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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Bahia: Estado de greve:

No governo petista os trabalhadores resolveram se rebelar
Os cinco primeiros meses de 2012 revelam dados intrigantes para a Bahia: o Estado governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta ondas de greves que terminam por prejudicar, e muito, a população. A primeira grande mobilização foi deflagrada por policiais militares que permaneceram por 11 dias de braços cruzados no mês de fevereiro. O saldo negativo foi refletido nos números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) que registrou chacinas, saques e depredações.

Já os professores estaduais, que estão parados desde o último dia 11 de abril (43 dias), permanecem acampados no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), mesmo palco escolhido pelos militares para protestar. Com a paralisação dos docentes mais de 1 milhão de estudantes estão sem aula e a categoria já sinalizou: se o governo não cumprir o acordo assinado em 2011 - 22,22% para toda a categoria - eles não retornam para as salas.

Outra categoria que segue em estado de greve são os médicos que prestam serviço nos hospitais públicos de todo o Estado. Eles estão mobilizados pela recomposição salarial e  melhores condições de trabalho. A possibilidade da categoria cruzar os braços é iminente e o dia "D" para a decisão ocorre na assembleia do próximo dia 30 de maio com a Secretaria de Saúde do Estado (SESAB). Segundo o Sindicato dos Médicos (Sindimed) o encontro deve ser o último antes da manifestação sem prazo de encerramento.
 
A onda de greves e manifestações no governo Jaques Wagner (PT) vem despertando a revolta dos trabalhadores que reclamam a falta de diálogo e negociação do Estado para com as categorias. “Eu não consigo entender o que leva um grupo que sempre utilizou o manifesto como bandeira em outrora e hoje, quando assume o poder, não quer conversar com os trabalhadores”, diz Marcos Andrade, professor grevista.

Um balanço publicado este ano pelo Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos (Dieese) colocou a Bahia como destaque entre os estados que mais registraram greves no funcionalismo público nos últimos anos. "Considerando as grandes regiões do país, os dados reunidos mostram que das 106 paralisações deflagradas no país em 2009, metade delas (53 greves) ocorreu na Região Nordeste - com destaque para a Bahia, com 10 mobilizações", revela o estudo.

Outras categorias, extra funcionalismo público, também se rebelaram por melhoria de salários. Os trabalhadores da construção civil permaneceram por 33 dias sem trabalhar. A categoria só voltou aos canteiros de obras após proposta feita pelo Tribunal Regional do Trabalho. A mobilização teve início do dia 10 de fevereiro e deixou grandes obras como da Arena Fonte Nova e do complexo viário da Via Expressa totalmete paralisadas.

Nesta quarta-feira (23) os rodoviários também se mobilizaram e após reunião na tarde de ontem, com empresários no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), resolveram travar a saída de ônibus das garagens.  Uma nova rodada de negociação está prevista para a próxima segunda-feira (28) e até lá a categoria deve manter a paralisação, deixando 1,5 milhão de soteropolitanos sem transporte público. A categoria reivindica melhorias salariais, além do retorno de benefícios. Cidades do interior do estado e região metropolitana também estão sem ônibus.

Por: Alessandro Isabel // Foto: Gilberto Júnior // Bocão News

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