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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Riachão: Seca já assusta, as represas secam e Açude do Cedro está ameaçado:


imageCerca de 15 carros abastecem diariamento no Cedro
A situação da estiagem em Riachão do Jacuípe não é diferente de outros municípios da região sisaleira. Além da escassez de comida para os animais, as aguadas estão quase todas secas e o açude do Cedro, usado como socorro nestas épocas, tem o nível de água cada vez mais baixo.

Com o desequilíbrio climático, é cada vez mais comum, no interior do município de Riachão, encontrar criadores transportando rações para saciar a fome do gado, que já está debilitado, na maioria das vezes comem apenas uma vez ao dia.


Para mostrar a realidade do município, nossa reportagem visitou algumas regiões para ver de perto a seca que castiga impiedosamente os animais e os agricultores.

A ração para os animais, está quase em extinção. Para o operário Willians Machado Mascarenhas, que trabalha em uma fazenda nas imediações da barragem da Laranjeira, até o mandacaru, planta típica da região, está morrendo.

’’Em todo período de estiagem, a primeira coisa que se faz é cortar o mandacaru. E isso tem enfraquecido a planta, que precisa de um determinado tempo para se refazer’’, explicou Willians. Ele disse ainda que, “se o fenômeno da seca se prolongar por muito tempo, poderemos enfrentar sérios problemas em relação ao sustento dos animais, bem como na questão das aguadas, que estão cada vez mais reduzidos o volume (de água), e até no Rio Jacuípe”.

Açude do Cedro está ameaçado
No açude do Cedro, uma das grandes reservas de água que socorre a população de Riachão no período de longa estiagem, o volume de água está bem abaixo da sua capacidade, o que já preocupa para atender a grande demanda do município.

São 15 carros pipa transitando durante todo dia, pegando o líquido precioso para o consumo humano, outros gastos e também para os animais. Isso, sem contar que tem uma bomba para atender aos moradores da sede, que é acionada quando acontece a suspensão do fornecimento do abastecimento da água da Embasa.

Do tradicional açude, construído em 1969, por dia saem 60 carros de água de 8 mil litros cada, o que dá um desfalque de 480 mil litros por dia. Multiplicando a quantidade de carros de água durante toda a semana, dá uma redução de 3.360,000 litros. Mas carros com 12 e 14 mil litros também pegam água no açude.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de Riachão do Jacuípe, Antônio Roque Oliveira Carneiro, o município decretou situação de emergência em 16 de março de 2012, celebrando convênios com a CORDEC, órgão ligado à Defesa Civil do Estado da Bahia, para limpar os açudes que secaram com a seca.

Antônio Roque informou também que o município fez um levantamento sobre as condições de 18 aguadas. Segundo ele, “destas, 16 já secaram, restando apenas duas: uma em Caixa Prego e a outra no povoado de Campo Alegre”.

Coité pega água no açude
Um fato que já havia chegado ao conhecido deste site, denunciado por alguns leitores, é que o município de Conceição do Coité está sendo abastecido pela água do Açude do Cedro.

Mas, segundo o secretário, é uma forma de retribuição, já que o município vivinho também socorreu Riachão em outras oportunidades semelhantes. “Podemos até controlar a quantidade de carros pipa, pelos amigos vizinhos, mas nunca negá-los”, disse Antonio Roque.

Por Noroel Fernandez - Interior Da Bahia

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